Proteção antioxidante do colostro bovino em células intestinais de juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus) submetidos a estresse

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pontin, Mariana Caroline Furian
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-14082018-102616/
Resumo: O estresse causa modificações no epitélio intestinal, tais como o aumento de células caliciformes e da taxa de apoptose. O uso de alimentos nutracêuticos tem sido uma alternativa para amenizar essas modificações sobre o tecido epitelial. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar se a inclusão de colostro bovino, o qual é constituído de fatores antioxidantes, imunes e de crescimento, seria capaz de amenizar as consequências do estresse crônico sob o intestino. Para isso, juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus) adensados a 50 kg/m3 foram alimentados duas vezes ao dia até a saciedade com ração peletizada e semi-purificada sem (0%CBL) e com a inclusão de colostro bovino liofilizado em concentrações crescentes (10, 20 e 30%CBL), (n=4). Após 28 dias, foram coletados segmentos do intestino médio, S1 e S2, e reto. Os tecidos foram marcados com corantes histológicos para a quantificação de células caliciformes contendo mucinas neutras, ácidas (incluindo sialo e sulfomucinas) e ácidas-neutras. Também foram mensurados o volume (Vv) e a densidade da superfície (Sv) da mucosa, por análise estereológica, e a espessura da camada muscular. A razão do número de cada tipo e subtipo de célula caliciforme sobre o Vv e Sv foi calculada para estimar a densidade de células caliciformes, Dv e Ds, respectivamente. A taxa apoptótica foi analisada qualitativamente através da intensidade (alta, média e baixa) da imunomarcação da caspase-3 nas células epiteliais. As dietas não influenciaram os parâmetros zootécnicos analisados (P>0,05). No reto, os grupos que receberam 20 e 30%CBL apresentaram menor número de células caliciformes contendo sulfomucinas e menor Ds em relação a 0 e 10% (P=0,0148 e 0,0198, respectivamente). No RT, Dv total e Dv de células caliciformes contendo mucinas ácidas foi maior em 0 e 30%CBL em relação a 20%CBL (P=0,0155 e 0,225, respectivamente). No S1, 10 e 30%CBL apresentaram maior Dv em relação a 20%CBL (P=0,0540). A espessura da camada muscular, o Vv e a Sv não diferiram entre os tratamentos (P>0,05). No S2 e RT, a taxa de apoptose teve relação inversa à concentração de colostro bovino liofilizado adicionado na ração. Nos três segmentos, houve maior proporção de células caliciformes contendo mucinas ácidas do que neutras, sendo a maioria representada por sulfomucinas. Assim, a inclusão de colostro bovino liofilizado nas rações de juvenis de pacu adensados diminuiu a apoptose nos segmentos intestinais S2 e RT e também diminuiu o número de células caliciformes contendo sulfomucinas no RT, indicando que o colostro bovino liofilizado pode ser utilizado como alimento nutracêutico para pacus (Piaractus mesopotamicus) adensados, a fim de diminuir a taxa apoptótica e proteger o intestino contra enzimas bacterianas, uma das principais funções das sulfomucinas.