Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Afonso Luiz Tavares de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-14082024-111805/
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Resumo: |
Objetivos: 1) Avaliar a incidência de arritmias ventriculares em pacientes portadores da forma indeterminada da doença de Chagas, através do Holter de 24 horas. 2) Avaliar a função autonômica cardíaca, através do estudo da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) nos domínios do tempo (DT) e da freqüência (DF), durante o período do sono. Local: O estudo foi desenvolvido no setor de arritmias cardíacas e doença de Chagas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), da Universidade de Pernambuco. Indivíduos: Foram avaliados 24 indivíduos portadores da forma indeterminada da doença de Chagas, do sexo masculino, sem outras doenças associadas, com idade mediana de 37 anos (extremos de 19 e 54 anos), e 17 indivíduos sadios, com sorologia negativa para doença de Chagas, do sexo masculino, com idade mediana de 37 anos (extremos de 19 e 52 anos). Métodos: Cada indivíduo foi submetido a uma sessão experimental, no período da manhã, que consistia na monitorização eletrocardiográfica contínua de 24 horas (sistema Holter), em registro de 02 canais simultâneos. Para a análise das arritmias ventriculares, consideramos todo registro eletrocardiográfico das 24 horas; interessou-nos toda e qualquer arritmia ventricular, sua complexidade e a freqüência da extrassistolia ventricular neste período. Para a análise da VFC, foram selecionados dois intervalos durante o sono (Sono 1, correspondente ao período inicial do sono, e o Sono 2, mais tardiamente). Utilizamos, para a análise no DT, a média dos intervalos RR, o pNN50 (o percentual das diferenças dos intervalos RR sucessivos maior que 50 ms), o SDNN (desvio-padrão dos intervalos RR) e o rMSSD (raiz quadrada das diferenças entre os intervalos RR sucessivos), e, no DF, foram avaliados a potência espectral total (ms2/Hz), os componentes espectrais de baixa freqüência (BF) e de alta freqüência (AF), obtidos através da Transformada Rápida de Fourier-FFT, e a razão BF/AF. Resultados: Com relação à incidência das arritmias ventriculares, não houve nenhuma diferença estatisticamente significativa em relação ao grupo controle, considerando-se a incidência de toda e qualquer arritmia ventricular (67,7% X 52,9%), sua complexidade (extrassistolia pareada e taquicardia ventricular não sustentada) e a freqüência das ectopias ventriculares nas 24 horas. Com relação ao estudo da variabilidade da freqüência cardíaca, na análise no DT, houve uma tendência a valores superiores nos indivíduos do grupo controle, com relação às variáveis SDNN, pNN50 e rMSSD, com as duas primeiras atingindo significância estatística (p<0.05), em determinado intervalo do sono. Com relação às variáveis no DF, as diferenças foram mais expressivas, com os indivíduos portadores da FIDC apresentando valores superiores do componente de BF e da razão BF/AF (p<0.05) em relação ao grupo controle e valores inferiores do componente de AF (p<0.05), em todos os intervalos do sono analisados. Conclusões: 1) Podemos concluir que, na nossa casuística, não encontramos nenhuma diferença estatisticamente significativa com relação à incidência das arritmias ventriculares nos portadores da FIDC, em comparação com um grupo controle, considerando-se a complexidade e a freqüência das arritmias ventriculares nas 24 horas. 2) Com relação ao estudo da VFC, nossos resultados mostraram que os portadores da FIDC apresentaram uma menor modulação vagal que o grupo controle, principalmente na análise realizada no domínio da freqüência (DF), o que sugere um comprometimento precoce, da modulação vagal, nesse grupo de indivíduos. |