Análise da expressão de marcadores de células-tronco tumorais em queilite actínica e carcinoma epidermoide de lábio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Marcos José Custódio Neto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23154/tde-27112017-132504/
Resumo: A hipótese das células-tronco tumorais vem ganhando destaque como um dos principais modelos para explicar a formação de neoplasias malignas. CD44, ALDH1 e p75NTR são alguns dos marcadores usados com êxito para separar a subpopulação de células-tronco tumorais, mas sua expressão imuno-histoquímica nunca foi estudada em lesões de lábio causadas pela radiação ultravioleta (UV). O objetivo deste estudo foi avaliar a expressão de CD44, ALDH1 e p75NTR em lábio normal (LN), queilite actínica (QA) e carcinoma epidermoide de lábio (CEL), além de estudar a expressão de p53 e correlacioná-la com a expressão dos marcadores de células-tronco tumorais. Para isso, foram selecionados blocos de material parafinado provenientes do serviço de patologia oral, resultando em 4 casos de LN, 43 casos de QA, subdivididos de acordo com o grau de displasia, e 20 casos de CEL. Os casos foram submetidos à reação imuno-histoquímica. Todos os casos foram positivos para CD44, com expressão membranosa e padrão de marcação praticamente invariável entre os grupos de QA e CEL (p=0,09). Os casos de LN foram negativos para o ALDH1; 51,1% e 55,5 % dos casos de QA e CEL, respectivamente, forma positivas para o ALDH1. A marcação era citoplasmática, geralmente em poucas células. Não houve diferença na expressão de ALDH1 entre os graus de displasia epitelial (p=0,37) e quando CEL era comparado à QA (p=0,9). Todos os casos de LN foram positivos para p75NTR; 95,3% e 80% dos casos de QA e CEL foram positivos para p75NTR. A expressão era membranosa/citoplasmática em LN e QA, em camada basal e parabasal, e citoplasmática em CEL, na região periféricas das ilhas. Houve diferença na expressão de p75NTR entre os grupos de displasia epitelial (p<0,001), mas não entre QA e CEL (p=0,4). Todos os casos de LN e QA foram positivos para p53; 80% dos casos de CEL foram positivos. A expressão foi nuclear apenas, mas não houve diferença na expressão de p53 entre os graus de displasia epitelial (p=0,33) e entre QA e CEL (0,24). Não houve correlação significativa entre CD44, ALDH1 e p75NTR, quando avaliados entre si, e não houve correlação entre p53 e os marcadores de células-tronco tumorais. Os marcadores de células-tronco tumorais estão presentes em lesões potencialmente malignas e malignas de lábio, porém suas expressões não variaram entre QA e CEL. A expressão de p75NTR variou entre os graus de displasia epitelial.