Sobre a invenção dos próprios fins: gestão híbrida nos Centros Educacionais Unificados (CEUs)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Naiene Sanchez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-22012015-110613/
Resumo: Os Centros Educacionais Unificados (CEUs) estão localizados em regiões carentes de infraestrutura e de serviços. Os CEUs, situados em diferentes pontos do município de São Paulo, foram implantados no ano de 2003 e estão comprometidos com a proposição e execução de políticas públicas destinadas a atender demandas educacionais, culturais e esportivas. O projeto do CEU prevê uma gestão compartilhada a ser realizada por diversas instâncias. A proposta de uma gestão conduzida a partir da interação entre distintas partes permite refletir sobre a possibilidade de hibridação entre órgãos públicos e sociedade civil. O CEU deveria ser reconhecido como espaço polifônico que privilegia a produção de conhecimento e o protagonismo dos indivíduos; nele os cidadãos devem agir coletivamente, desenhando uma gestão orientada por processos democráticos. Esta pesquisa destina-se a compreender a proposta de gestão dos CEUs e, especialmente, observá-la em terreno prático. Para compreender a complexidade dessa proposta, faz-se um investimento de estudos na gestão cultural do CEU. Esse estudo se direciona rumo a esta empreitada a partir de um mapa conceitual destinado a tratar de questões referentes ao escopo da cultura, somado à análise das diretrizes que orientam o projeto que deu origem ao CEU e à reflexão crítica associada às ideias do sociólogo francês Guy Debord sobre a experiência prática que pode ser acompanhada dentro do setor de cultura que compõe o dispositivo. A gestão do CEU pode ser um primeiro passo para outros mais complexos que extrapolam os limites do dispositivo; no entanto, verifica-se uma série de entraves que adiam essa possibilidade