corpo-papel um estudo imagético sobre o acervo Lux Vidal de pinturas kayapó-xikrin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Bruna Keese dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-17102019-115500/
Resumo: Nesta dissertação me debruço sobre o acervo de pinturas kayapó-xikrin (grupo de língua Jê, habitante do Pará) coletado pela antropóloga Lux Vidal nas décadas de 1970 e 1980. Tal acervo é parte integrante da pesquisa da antropóloga e pertence hoje à coleção do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da Universidade de São Paulo. As pinturas foram elaboradas em papel por mulheres indígenas a pedido de Vidal, que tinha a intenção de compreender e documentar o processo da pintura corporal, produção artística de extrema relevância entre os Xikrin. Por meio de uma aproximação com os contextos social e cultural das pinturas, essencial para o entendimento de tais manifestações e suas funções, a análise proposta aqui tem como foco o aprofundamento nas questões formais, principalmente quanto às relações entre pintura e suporte. Por um lado, me aproximo de noções antropológicas que ajudam a compreender o lugar da pintura a partir do conceito de fabricação corporal. Por outro, centrando-me nas imagens, seus métodos e suas formas, procuro entender como o suporte é, por sua vez, também capaz de fabricar a pintura. Este estudo busca assim sublinhar a existência de modos específicos de manifestações visuais, suas intenções e processos, com o objetivo de contribuir para o pensamento e a prática nos campos das artes gráficas e da linguagem visual. A narrativa construída surge de um corpo a corpo com as imagens e do discurso presente em cada uma delas, possibilitando assim uma leitura centrada nas pinturas e no que elas podem revelar.