Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1984 |
Autor(a) principal: |
Lima, Gustavo Julio Mello Monteiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20220207-230456/
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Resumo: |
O presente trabalho teve por objetivo estudar a influência da adição de diferentes níveis de levedura seca (LS) de destilarias de álcool de cana-de-açúcar (Saccharomyces cerevisiae) em rações de matrizes suínas em gestação e lactação. Foram utilizadas 44 marrãs, sendo 21 da raça landrace e 23 da raça Large White, distribuídas de acordo com a raça, peso, idade e parentesco em quatro tratamentos: T1 - 0% LS; T2 - 7% LS; T3 - 14%LS e T4 - 21% LS. A LS substituiu parte do milho e do farelo de soja da ração mantendo o nível de 14% de proteína bruta. As rações experimentais foram suplementadas com vitaminas e minerais e fornecidas nos períodos de gestação e lactação, durante até quatro ciclos reprodutivos. Não foram detectadas diferenças significativas (P>0,05) entre os tratamentos quanto ao número de leitões e a taxa de mortalidade ao nascer. No entanto, não só o número de leitões vi vos ao nascer, aos 21 dias de idade e à desmama (35 dias), mas também o peso das leitegadas ao nascer apresentaram uma tendência linear (P<0,10) em aumentar com os níveis crescentes de LS na ração. Os pesos das leitegadas aos 21 dias e à desmama aumentaram linearmente (P<0,05) com o aumento dos níveis de LS na ração, tendo s ido observado para esses dois parâmetros, respectivamente, as seguintes médias: 38,73, 40,36, 42,54 e 43,59 kg; e 66,70, 70,60, 71,40 e 73,16 kg. Os aumentos de peso das leitegadas foram atribuídos, provavelmente, à elevação da concentração em vitaminas do complexo B das raçoes, ocasionada pelos níveis crescentes de LS nas mesmas. As variações de peso das matrizes nas várias fases do ciclo reprodutivo não foram afetadas (P> 0,05) pelos tratamentos. Contudo, o uso de LS nas rações proporcionou efeitos linear e cúbico (P<0,05) sobre o peso ao acasalamento e efeitos lineares sobre o peso das fêmeas aos 107 dias de gestação (P<0,05) e a desmama (P<0,01). As médias dos quatro parâmetros citados, para os níveis de 0, 7, 14 e .21% LS na ração foram, respectivamente, 183,61, 169,48, 176,53 e 168,50 kg; 238,09, 226,84, 230,40 e 223,01 kg; 220,03, 210,25, 212,7 4 e 206,09 kg e 204,95, 197,76, 194,41 e 187, 83 kg. A redução do peso das matrizes foi atribuída aos teores decrescentes de energia ocasionados pelo aumento do nível de LS nas rações. Com relação à influência dos tratamentos sobre o consumo de ração, foram observados um efeito cúbico (P<0,05 no consumo das leitegadas, durante o aleitamento, e um efeito quadrático (P<0,05) e uma tendência cúbica {P<0,10) no consumo diário de ração das matrizes durante a lactação. Esses efeitos foram de difícil explicação, uma vez que não houve uma correspondência lógica entre os tipos de respostas e a adição de níveis crescentes de LS nas raçoes das matrizes. Os resultados indicaram a possibilidade do emprego de LS como fonte de proteína para matrizes suínas em gestação e lactação, pelo menos até o nível de 21% na ração sem ocorrência de quaisquer danos à performance das matrizes e das leitegadas, e em alguns casos até proporcionando efeitos benéficos. |