Experiências com expedições a campo e a educação do sujeito: fragmentos de passagens em diferentes contextos da história de vida do professor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Roni Ivan Rocha de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18122019-131540/
Resumo: As excursões a campo são empreendimentos realizados em diferentes contextos da história humana, as quais se associam a diversas relações com o espaço. Tendo isso em vista, nesta tese, utilizamo-las para investigar as experiências vividas na trajetória de vida de um professor, identificando diferentes aspectos socioculturais envolvidos nas suas manifestações e construção de saberes. Para tanto, foi realizada uma pesquisa narrativa utilizando-se do método autobiográfico para reconstruir fragmentos de memórias sobre as experiências com excursões a campo desse educador, um brasiliense, biólogo e professor de educação básica formado nas primeiras escolas da capital e pela Universidade de Brasília UnB. Analisamos as experiências formativas das diferentes fases da vida, correlacionando com os diferentes contextos em que elas ocorriam. Para essas análises, buscamos construir uma dialética com apoio nos estudos de algumas fontes históricas. Do ponto de vista teórico, destacamos aspectos educacionais da filosofia educacional progressista e pragmática de John Dewey, como parte do nosso quadro de referências. Esses pensamentos refletiram no movimento educacional brasileiro no qual Anísio Teixeira trabalhou, como um de seus representantes da Escola Nova, repercutindo nas concepções político-pedagógicas da UnB e nos documentos orientadores das primeiras escolas públicas do Distrito Federal. Essas práticas foram reconhecidas com seu papel educativo na formação profissional, na universidade, como professor e biólogo, a partir de suas vivências com os trabalhos de campo. A partir das experiências no ensino superior, as excursões passaram a adquirir novos valores, com grande importância metodológica, como práticas didáticas possíveis em diferentes espaços educativos dentro e fora da escola. Ademais, essas idas ao campo tiveram seu significado ampliado ao ganhar status de experiência, passando a ser percebida como um fenômeno de um contínuo sociocultural do sujeito. Assim, foram identificados elementos de sua história de vida, com origens e condicionantes no seu contexto histórico pessoal e não escolar; dessa forma, percebemos que houve forte influência das suas tradições e costumes compartilhados e vivenciados em família, no quintal e nas ruas da periferia onde vivia. Com isso, as excursões a campo se configuram como fenômeno de natureza biopsicosociocultural, caracterizado sob diversas circunstâncias em diferentes épocas, inclusive, nas fases formativas da pessoa, enquanto sujeito das experiências.