Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Celli, Marion |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8165/tde-07082020-190016/
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Resumo: |
O surgimento de novas perspectivas de pesquisas sobre tradução na segunda metade do século XX levou o campo dos Estudos da Tradução a se afastar da linguística, na qual os estudos do domínio se apoiaram inicialmente. Embora tenham sido inúmeros os avanços decorrentes do desenvolvimento dessas perspectivas, tal distanciamento gerou um gradativo desinteresse nos trabalhos de tradução pelo estudo da linguagem e das línguas e um desprendimento conceitual da área da linguística. Propomos, nesta tese, uma investigação sobre a concepção de linguagem nos estudos da tradução para repensar o próprio conceito de tradução. Para tanto, traçaremos inicialmente um breve histórico sobre o desenvolvimento do conceito no âmbito da filosofia e dos estudos gramaticais; em seguida, descreveremos as variadas concepções de linguagem presentes em um conjunto selecionado de obras sobre tradução, a saber: Mounin (1963), Faveri & Torres (2004), Guerini & Arrigoni (2005), Furlan (2006a) e Heidermann (2010) e, por fim, com base nos fundamentos da Teoria das Operações Enunciativas de Culioli (1990), defenderemos uma proposta enunciativa da tradução como operação da linguagem. Destacaremos que é a linguagem, como atividade cognitiva de representação, referenciação e regulação, que permite o processo de tradução. Assumindo que o significado não é estático, mostraremos que os textos traduzidos - na condição de enunciados - são formas de expressão construídas que dependem diretamente das experiências de cada sujeito. Tradução é, portanto, enunciação, cujos sentidos são produzidos e transformados constantemente, a cada nova situação, pelos sujeitos que compõem o contexto enunciativo. |