Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Viana, Taís Suelen |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-30092021-161257/
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Resumo: |
A água produzida (AP) por indústrias petrolíferas é um resíduo altamente impactante para os ecossistemas. Quando descartada em ambientes aquáticos, pode contaminar a biota ali presente, além de ocasionar danos muitas vezes irreversíveis aos ecossistemas afetados. Sua toxicidade é devido à variedade de compostos que a constitui, como metais e uma variedade de compostos orgânicos e inorgânicos. Considerando o potencial poluidor deste resíduo, a AP necessita tratamentos eficazes para seu posterior descarte no ambiente. Os tratamentos convencionais utilizados muitas vezes não são eficientes para remover a toxicidade deste tipo de resíduo, sendo necessário o desenvolvimento e padronização de tratamentos alternativos. Dentro deste contexto, destacam-se os processos oxidativos avançados (POAs), como fotocatálise, fotoeletrocatálise, ozonização e ozonização fotoeletrocatalítica, e tratamento com matérias adsorventes como a vermiculita magnetizada (VMT-mag), técnicas utilizadas neste trabalho para tratamento da AP. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência destes tratamentos na redução da toxicidade induzida por duas amostras de AP, identificadas como água de petróleo 1 (AP1) e água de petróleo 2 (AP2), em organismos aquáticos. A amostra AP1 foi tratada por meio de POAs (fotocatálise, fotoeletrocatálise, ozonização e ozonização fotoeletrocatalítica) e avaliada a toxicidade antes e após os tratamentos através dos organismos Danio rerio (zebrafish), Daphnia similis e Vibrio fischeri. A amostra AP2 foi tratada com VMT-mag e avaliada a toxicidade antes e após o tratamento com os organismos Vibrio fischeri, Daphnia similis, Daphnia magna, Chironomus riparius e Dugesia tigrina. As seguintes técnicas foram empregadas aos organismos: com o Danio rerio foi aplicado a técnica Embryo Acute Toxicity (FET) e avaliada a letalidade e subletalidade em estágios embrio-larvais; com a Daphnia similis e Vibrio fischeri teste de toxicidade aguda; com a Daphnia magna efeitos sobre reprodução e taxa intrínseca de crescimento populacional (r); com o Chironomus riparius avaliação da mortalidade, crescimento e emergência; com a Dugesia tigrina a avaliação da mortalidade, locomoção, alimentação e regeneração apos decapitação. Nossos testes indicam toxicidade para todos os organismos avaliados: efeitos (mortalidade, escoliose, falha na inflação da bexiga natatória) no estágio embio-larval de Danio rerio; toxicidade aguda aos organismos Daphnia similis e Vibrio fischeri; efeitos sobre a emergência dos organismos machos e fêmeas de Chironomus riparius, redução no tamanho das cabeças e corpo das larvas na amostra sem tratamento; além de efeitos comportamentais sobre a atividade locomotora e regeneração da cabeça das planárias Dugesia tigrina expostas à AP sem tratamento; efeitos sobre a reprodução e taxa intrínseca de crescimento populacional (r) dos microcrustáceos Daphnia magna com maior intensidade à amostra não tratada. Este estudo revela uma redução da toxicidade da AP tratada, demonstrando a importância de seu tratamento para o descarte em ambientes aquáticos. Nossos dados mostram que a exposição de diferentes organismos à AP afeta parâmetros letais e subletais e, por isso, devem ser tratadas antes do lançamento em corpos d\'água. Adicionalmente, nossos dados mostram que so tratamentos propostos devem ser aprimorados, a fim de atingir a eficiência na remoção de todos os efeitos testados. |