Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Kleinman, Ana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-02102013-083619/
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Resumo: |
O desenvolvimento de novas tecnologias vem contribuindo para um conhecimento mais aprofundado da fisiopatologia dos transtornos psiquiátricos, mas os resultados ainda são controversos e não parecem ser específicos para cada diagnóstico. As altas taxas de comorbidade também questionam as características principais de um diagnóstico específico. Em 2009, o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA iniciou um projeto chamado Research Domain Criteria (RDoC) com o objetivo de desenvolver novas classificações para a pesquisa baseadas em dimensões de comportamentos observáveis associadas a medidas neurobiológicas. Para o estudo da fisiopatologia da comorbidade entre duas doenças mentais, esta proposta sugere que se execute o estudo de sintomas compartilhados e não partir de dois grupos diagnósticos distintos. Na psiquiatria infantil, as altas taxas de comorbidade entre o transtorno do humor bipolar (THB) e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são um tema controverso. O prejuízo na atenção é um forte candidato para um estudo com a metodologia proposta pelo RDoC visto que os poucos estudos que avaliaram concomitantemente a atenção em jovens com THB e TDAH apresentaram resultados contraditórios. Um dos testes mais utilizados para o estudo da atenção em THB e TDAH é o Continuous Performance Test (CPT). Nossos objetivos foram: 1.Verificar qual é o melhor agrupamento dos sujeitos através dos resultados do Conner\'s Continuous Performance Test (CPT II) independentemente do grupo de origem (THB, TDAH, THB+TDAH, controles); 2. Construir um classificador baseado nos resultados do CPT II; 3com THB+TDAH e 18 controles com idades entre 12 e 17 anos. A melhor divisão dos sujeitos, baseada nos resultados do CPT II, foi em dois novos subgrupos. Grupo A com 35 sujeitos composto de: 30% THB, 52,2% TDAH, 51,5% THB+TDAH, e 16,7% controles. Grupo B com 49 sujeitos: 70% THB, 47,8% TDAH, 48,5% THB+TDAH, e 83,3% controles. O grupo A comparado com o B apresentou um prejuízo funcional maior evidenciado por médias significativamente mais altas no CPT II, com uma diferença significativa em oito das 12 variáveis do CPT II: omissão (p=0,0003), comissão (p=0,00000002), erro padrão (EP) do tempo de reação (TR) (p=1,7x10-20), variabilidade do EP (p=4,3x10-22), detectabilidade (p=0,000008), perseveração (p=0,0000001), TR por intervalo interestímulo (IIE) (p=4,7x10-10) e TR(EP)IIE (p= 1,5x10 -13). Foi possível construir um classificador baseado nas doze variáveis do CPT II, sendo sua acurácia de 98,8% em relação a nossa amostra e 95,2% em relação à validação cruzada confirmando a consistência desses novos grupos. As principais variáveis do CPT II usadas na função discriminante desses novos agrupamentos foram: variabilidade do erro padrão, erro padrão de TR e erro padrão de TR por intervalo interestímulo. Não houve diferença estatística em nenhuma das variáveis do CPT II quando realizamos a comparação tradicional entre THB, TDAH, THB+TDAH, e controles; e a acurácia do classificador para esses grupos foi mais baixa, de 40,5% na nossa amostra e 23,8% na validação cruzada. Discussão: Esses resultados evidenciam a heterogeneidade encontrada nas respostas do CPT II pelos grupos THB, TDAH, THB+TDAH, e controles. As três medidas que mais influenciaram a diferenciação entre os novos agrupamentos A e B foram as que medem a variação no tempo de resposta, que é um dos prejuízos mais replicados no TDAH e também está associada com THB. Essa variabilidade de resposta aumentada é sugerida como um marcador endofenotípico inespecífico de psicopatologia. Conclusão: Nossos achados refletem a heterogeneidade encontrada em pacientes classificados através de categorias diagnósticas vigentes e sugerem que a abordagem da metodologia do RDoC pode ser de grande valia para a melhor compreensão dos transtornos psiquiátricos que acometem crianças e adolescentes. Essa metodologia pode identificar subgrupos com diferenças relevantes do ponto de visto neurobiológico contribuindo para a melhor compreensão da fisiopatologia dos transtornos e promovendo caminhos nos quais a pesquisa pode trazer benefícios para decisões clínicas |