Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Rubira, Luís Eduardo Xavier |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-29102009-160946/
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Resumo: |
A presente tese de doutorado investiga como, na hipótese cosmológica do eterno retorno do mesmo, ou seja, na possilidade de uma eternidade temporal, Nietzsche julgou encontrar uma nova medida de valor para realizar a transvaloração de todos os valores. Para isso, foi necessário estudarmos a formação da noção de valor em seu pensamento. Por meio dela buscamos compreender que, ao diagnosticar a morte de Deus, sua atenção estava concentrada, fundamentalmente, na perda da medida de valor que determinava todos os valores até então existentes. E se, por um lado, a desvalorização dos valores, e o consequente avanço do niilismo, serão seus alvos de preocupação e crítica, por outro, é o anelo incondicional ao pensamento do eterno retorno, dependente de uma adesão ao amor fati, que forma sua filosofia da afirmação. Considerando que a hipótese cosmológica do eterno retorno trata de uma eternidade no tempo, analisamos inicialmente a relação entre tempo e eternidade no contexto da história da filosofia. O percurso dos gregos antigos até Kant torna possível compreender como a reflexão ocidental passa a orbitar em torno da eternidade atemporal. De outra parte, é somente a fundação e o desenvolvimento da termodinâmica que reacende a discussão, presente já no pensamento grego antigo, sobre se o curso do mundo é ou não cíclico. Uma vez que Nietzsche toma partido neste debate para pensar uma nova medida para os valores, procuramos estudar a gênese da noção de valor nas obras que precedem a anotação realizada sobre o eterno retorno em agosto de 1881. Desenvolvida a partir de uma reflexão que pensa a constituição da moral, a noção de valor atinge uma radicalidade maior do que em Adam Smith no âmbito da economia política. Buscando sustentar que o pensamento do eterno retorno é a condição de possibilidade da transvaloração, investigamos o conjunto dos escritos de Nietzsche compreendidos entre 1881 e 1888. Analisando o modo como o tema se manifesta na obra publicada e nos fragmentos póstumos, procuramos mostrar que a hipótese cosmológica do retorno tanto possibilita a criação de novos valores quanto coloca o problema do eterno retorno do niilismo. Por fim, preocupamo-nos em reconstituir o itinerário da reflexão de Nietzsche para pensar por que, somente no derradeiro ano de sua filosofia, ele leva a termo a tarefa da transvaloração de todos os valores. |