Análise dos desfechos maternos e perinatais a partir dos novos critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia em um centro de referência em pré natal de alto risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Guedes, Samara Mirelly dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-01122022-124144/
Resumo: Introdução: A pré-eclâmpsia (PE) é uma doença hipertensiva, de condição multissistêmica, que afeta 2 a 5% das gestações e é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna e infantil. Foi por muito tempo definida apenas por associação entre hipertensão com proteinúria. Após a observação de complicações graves em gestantes hipertensas que não desenvolveram proteinúria, seus critérios diagnósticos evoluíram para uma definição mais ampla com evidência de disfunção de órgão alvo. Objetivos: Analisar o impacto nos desfechos maternos e perinatais após as mudanças nos critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia em gestantes atendidas no Centro de Referência em Gestação de Alto Risco do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP). Materiais e métodos: Foi realizado estudo quantitativo descritivo retrospectivo a partir da análise de prontuários médicos em que todos os casos de hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia no período de 2013 a 2019, foram reclassificados de acordo com os novos critérios definidos pela ACOG (Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia) em 2013. Resultados: Após a reclassificação, houve um aumento no diagnóstico de pré-eclâmpsia em 17,1%. As gestantes foram divididas em dois grupos para comparação: PE com proteinúria e PE não proteinúrica (com lesão de órgão alvo isolada) e ao analisar os desfechos maternos, não houve diferença estatística entre esses dois grupos, validando assim a importância dos novos critérios, pois sua adoção impacta em um maior número de gestantes reconhecidas como pré-eclâmpsia e conduzidas em serviço referenciado. Quanto aos desfechos perinatais, estes se mostraram de pior prognóstico na PE com proteinúria, exceto pela mortalidade neonatal que se apresentou de maneira semelhante entre os grupos, podendo esses desfechos ser ainda resultado da própria prematuridade ao invés da presença de proteinúria. Conclusão: A atualização dos critérios levou a um acréscimo significativo de casos de pré-eclâmpsia, permitindo a prevenção de sua deterioração e piores desfechos maternos e perinatais.