Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Camila Corrêa e Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-02082017-113910/
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Resumo: |
Pouco após a morte do jesuíta José de Anchieta, em 1597, na província brasileira da Companhia de Jesus, e durante todo o século seguinte, muitas biografias de caráter hagiográfico sobre o padre foram escritas e publicadas por jesuítas, no Brasil e na Europa. Em paralelo, um processo eclesiástico foi aberto na Santa Sé em princípios do Seiscentos com o fim de canonizar o religioso. A iniciativa partiu dos companheiros do Brasil, e recebeu grande apoio da Cúria Geral da Ordem. Esta, desde a década de 1580, se dedicava a propagar, interna e externamente, uma determinada memória institucional e uma identidade jesuítica comum, representada pelos santos, beatos e membros considerados mais notáveis da Companhia, como José de Anchieta. No presente trabalho, procuramos investigar as principais razões que mobilizaram tanto a Cúria romana da Ordem, quanto jesuítas que viviam em contextos missionários tão distintos, no Novo e no Velho Mundo, a se apropriarem da figura de Anchieta, divulgarem discursos sobre a sua vida e santidade e promoverem a sua canonização. Acreditamos que este estudo oferece uma nova interpretação sobre os sentidos atribuídos e os usos feitos dos discursos hagiográficos produzidos entre 1598 e 1677 sobre José de Anchieta. Tanto no contexto luso-brasileiro quanto em contextos locais na Europa, as biografias devotas do jesuíta foram dotadas de diversos significados políticos e religiosos, e utilizadas para fins que ultrapassavam o seu propósito ordinário de edificação espiritual e religiosa. |