Sistema de arrendamento de terras no setor sucro-alcooleiro do estado de São Paulo

• Ano de defesa: 1988
• Autor(a) principal: Margarido, Luiz Antonio Correia
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ARRENDAMENTO; INDÚSTRIA SUCRO-ALCOOLEIRA
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20210918-212158/

A cultura da cana-de-açúcar sempre teve importância no setor agrícola e com o Programa Nacional do Álcool (PROALCOOL) iniciado em 1975 obteve um grande aumento de área plantada. São Paulo foi o estado da federação que teve o maior número de novas destilarias instaladas e a taxa de crescimento da área plantada com tal cultura foi 9,6% ao ano durante o período de 1975 a 1985. O arrendamento de terras que já era uma prática tradicional no setor canavieiro foi a forma encontrada pelas novas destilarias para suprir a necessidade de matéria prima para indústria. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a remuneração das terras arrendadas para as usinas e destilarias, e fazer uma comparação com a remuneração obtida pelo fornecedor de cana-de-açúcar. As informações sobre o arrendamento foram conseguidas num levantamento realizado nas próprias unidades industriais (usinas e destilarias), que tiveram intenção de moagem para a safra 86/87 do Estado de são Paulo. A área arrendada nessa safra somava aproximadamente 450.000ha, representando cerca de 20% do total da cana cultivada no estado. Os resultados sugerem que a remuneração obtida com o arrendamento de terras durante a safra 86/87 quase sempre foi superior a remuneração obtida com a produção autônoma. Este fato pode ser uma explicação para o decréscimo que vem ocorrendo na participação de verdadeiros fornecedores de cana no total de cana esmagada no estado.