Samatradução: a dança num exercício de tradução do gazal de Jalal Uddin Rumi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Yunis, Leandra Elena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8159/tde-09022018-173648/
Resumo: Apresentamos neste trabalho nove gazais de Jalal Uddin Rumi (1207-1273), fundador da Ordem dos Dervixes Rodopiantes de Konya, na Turquia, traduzidos diretamente do persa para o português a partir de uma perspectiva interdisciplinar que envolve História, Dança, Literatura e Tradutologia. Temas centrais da sua poesia, como raqs (dança) e samá (audição), são tomados pela problemática da fusão de seus significados, realizada pelos estudiosos e tradutores. Retoma-se o contexto histórico peculiar de emergência, reiteração e atualização semântica dos termos, pautado pelo debate islâmico sobre a música e a dança, tanto em âmbito secular como religioso, sobretudo entre os séculos IX e XIV. Os autores envolvidos nesse debate discorreram sobre a diferenciação entre dança e audição mística e, a partir da defesa de Alghazali (1058-1111), um novo sentido foi conferido à dança e pautou a sua licitude até o nosso tempo, embora com retrocessos e restrições que variaram conforme o local e a época. Aqui examinamos a noção e terminologia específica utilizada por Rumi em seu diálogo poético com os autores do debate, propondo uma metodologia tradutória focada na metáfora da dança e sensível ao processo da audição mística.