Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sampaio, Thiago Pacheco de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-28052020-192438/
|
Resumo: |
O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) apresenta a pior resposta à psicoterapia dentre os transtornos de ansiedade. As Terapias comportamentais baseadas em aceitação (TCBA) visam a promoção de Flexibilidade Psicológica/Aceitação, processo envolvido em diferentes transtornos, incluindo o TAG. Além das práticas de atenção plena, técnicas de exposição podem aumentar a FP. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia de um protocolo de TCBA incluindo práticas de atenção plena e exposição, comparado com terapia de apoio não diretiva (TAND), ambas em grupo. Foi avaliado também relações entre as variáveis de processo (FP, e da atenção plena) e os sintomas do TAG. MÉTODO: Noventa e dois indivíduos com diagnóstico principal de TAG foram aleatorizados para receber 10 sessões de TCBA ou TAND. Além das medidas de desfecho clínico primário (i.e., Escala de ansiedade de Hamilton HAM-A; as subescacalas de estresse e ansiedade da Escala de depressão, ansiedade e estresse DASS-21; e o Questionário de preocupação de Penn-State PSWQ), foram utilizadas medidas secundárias de desfecho (i.e., subescala de depressão da DASS-21; e a Escala de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde - WHOQOL) e medidas de processo (i.e., o Questionário de aceitação e ação AAQ-II; e o Questionário de cinco facetas de mindfulness - FFMQ). RESULTADOS: Os dois grupos apresentaram melhoras clínicas com tamanhos de efeitos grandes (TCBA) e entre médio e grande (TAND) nas medidas primárias de eficácia. Entretanto, o grupo TCBA apresentou uma melhora significativamente maior que o TAND em três das quatro medidas de desfecho clínico primário, baseado no efeito Tratamento X Tempo (DASS-estresse, p = 0,04; PSWQ, p = 0,007; HAM-A, p = 0,02). Nas análises utilizando resposta clínica como critério, a superioridade da TCBA atingiu significância estatística apenas no seguimento (p = 0,04). Na avaliação pós-tratamento 61,9% dos participantes no grupo TCBA e 39,1% no grupo de TAND apresentaram melhora clínica confiável. A TCBA não foi superior à TAND na escala DASS-ansiedade ou em qualquer medida clínica secundária, a não ser no domínio físico da WHOQOL. Identificou-se correlações significativas entre as variáveis de processo e de sintomas, e aumento significativamente maior no valor total da FFMQ para o grupo TCBA (p = 0,04), bem como tendências na mesma direção na faceta não-reatividade (p = 0,058) e na AAQ-II (p = 0,07); e os respondedores dos dois grupos apresentaram melhoras superiores às dos não-respondedores nessas mesmas medidas, respectivamente (p = 0,04; 0,02; 0,009). DISCUSSÃO: A TCBA foi superior à TAND e pode ser considerada eficaz no tratamento do TAG. A FP, e algumas facetas da atenção plena, estão correlacionadas com os sintomas e com a melhora clínica promovida por ambas as terapias; e a TCBA produziu efeitos mais robustos nesses processos. Os resultados clínicos da TCBA foram similares aos reportados por outros protocolos psicoterapêuticos eficazes no tratamento do TAG. Novos estudos poderão verificar a influência da inclusão da técnica de exposição na resposta clínica e na aderência ao tratamento, bem como investigar moderadores e mediadores de eficácia |