Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Stubing, Katya Sibele |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-03022016-094452/
|
Resumo: |
Transtornos Alimentares (TA) são transtornos mentais considerados graves. Dentre eles, Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa compartilham sintomas e características psicopatológicas como hábitos desregulados de alimentação, métodos extremos para controle do peso, e preocupações exageradas com a forma e o peso corporal. Os TA compartilham ainda sintomas comuns em outros transtornos psiquiátricos, como Depressão e Ansiedade. Pesquisas sobre o tema devem levar em conta este amplo espectro de sintomas. A meditação é uma prática que tem recebido crescente atenção de pesquisadores de diversas áreas de saúde. Dentro da área de Psiquiatria, a meditação mindfulness tem sido estudada como terapia complementar para diversos transtornos, sendo os mais pesquisados os transtornos de ansiedade, a depressão e a dependência química. Alguns programas baseados em mindfulness já demonstraram resultados positivos em pacientes com Compulsão Alimentar e Bulimia Nervosa. Este é um projeto que teve a intenção de desenvolver e mensurar os efeitos de uma nova intervenção baseada em meditação mindfulness para pacientes internados na Enfermaria de Comportamentos Alimentares (ECAL) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A hipótese primária foi que o treinamento em mindfulness diminuiria sintomas de ansiedade e depressão, em comparação com os pacientes que seguiram o tratamento usual da enfermaria. O projeto todo teve duração de três anos, sendo dividido em fase piloto, fase grupo controle e fase grupo intervenção. Cada fase aconteceu em diferentes períodos de tempo, para que um número adequado de indivíduos fosse alcançado para fins de pesquisa. Avaliações foram feitas sempre nos mesmos períodos para os três grupos: durante a primeira semana de internação e após 8 semanas, ou antes, se o paciente recebesse alta. Os resultados do grupo piloto foram positivos e ajudaram a delinear os exercícios que compuseram o programa aplicado na intervenção. A comparação dos resultados do grupo controle com o grupo intervenção apresentou significativa diferença para os índices de ansiedade (p < 0,01), depressão (p < 0,03), capacidade de agir com atenção (p < 0,01) e atitudes alimentares relacionadas a dietas (p < 0,04). Como previsto e em linha com outras pesquisas utilizando mindfulness para indivíduos com TA menos grave, este protocolo de oito sessões demonstrou efeito positivo e significativo apesar dos desafios de trabalhar com esta população neste contexto. Estes resultados dão suporte a novas pesquisas que poderão testá-los e compreender melhor a duração dos efeitos terapêuticos deste treinamento. Também, devem ser considerados aprimoramentos necessários, como refinamento dos exercícios, capacitação de outros terapeutas no protocolo e treinamento em mindfulness para outros profissionais envolvidos |