Interação com espaçamentos e locais em clones de Eucalyptus spp. no norte do Estado da Bahia

• Ano de defesa: 1987
• Autor(a) principal: Mora, Admir Lopes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: CLONES; ESPAÇAMENTO; EUCALIPTO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-111248/

Com os objetivos de avaliar o comportamento de clones de eucaliptos e sua interação com espaçamentos e locais, confrontar metodologias para o estudo da interação e selecionar os melhores clones para a região em estudo, foram instalados experimentos em duas áreas representativas do Distrito Florestal Norte do Estado da Bahia. Os ensaios com estacas de 17 clones de Eucalyptus obtidos de árvores selecionadas em Aracruz-ES, foram instalados em dois espaçamentos· (3 x 2m e 3 x 3m) no município de Inhambupe-BA, enquanto que no município de Entre Rios foi instalado somente um experimento no espaçamento 3x 2m. Nos três ensaios foi utilizado o delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições, com parcelas lineares de sete estacas. Os dados de altura, DAP e sobrevivência das parcelas foram coletados nos ensaios aos 12, 24 e 36 meses de idade. A partir desses dados estimou-se a variável índice de volume para representar a produção de madeira dos clones nos diferentes locais e espaçamentos. Os resultados de crescimento até aos três anos de idade mostraram um crescimento para os clones comparável aos obtidos em regiões com alta tradição na eucaliptocultura e com elevada produtividade. A sobrevivência dos clones nos ensaios foi bastante alta, com médias acima de 97%, não tendo havido influência do espaçamento e do local para essa característica. Nas análises de variâncias individuais para altura, DAP e índice de volume, nas três idades avaliadas, detectou-se variações genéticas entre os clones, com uma tendência para uma diminuição desse efeito com o decorrer da idade. Os coeficientes de variação experimental foram muito baixos comparativamente à media dos ensaios florestais, boa eficiência na análise estatística, revelando boa eficiência na análise estatística. Considerando-se a análise de variância conjunta para espaçamentos, constatou-se que o espaçamento foi um fator experimental importante, pois influiu significativamente no crescimento tanto em altura cano em DAP e índice de volume em todas as idades, com exceção para a altura aos 12 meses. A interação clone x espaçamento não revelou significância pelo teste F ao nível de 5%, muito embora tenha se observado uma tendência de aumento da interação com o decorrer da idade. O efeito de local na análise da variância conjunta mostrou-se significativo para todas as idades, com uma tendência de decrécimo desse efeito com o aumento da idade. A interação clone x local mostrou-se significativa para todas as características e em todas as idades, com exceção para o DAP aos 12 meses. Para melhor compreensão da interação foi efetuada a associação das metodologias de Wricke e de Finlay e Wilkinson, ou seja da ecovalência e do coeficiente de regressão.· Dessa forma, obteve-se informações que permitiram concluir sobre a contribuição de cada clone para a interação, assim como a resposta dos clones ao estímulo ambiental. A maximização dos ganhos genéticos e o aproveitamento do aspecto benéfico da interação foram obtidos utilizando-se a seleção específica para cada local, pois a utilização de clones com estabilidade média reduz o potencial de ganho para o índice de volume.A utilização dos resultados preliminares obtidos deve ser feita com cautela pois, para as três características estudadas, observou-se alterações na classificação dos clones e também a tendência da interação se manifestar com maior intensidade com o acréscimo da idade.