Avaliação de serviço em saúde mental: a construção de um processo participativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Wetzel, Christine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-16052007-150813/
Resumo: Este estudo trata da avaliação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), um serviço supostamente funcionando nos moldes apregoados pela Reforma Psiquiátrica Brasileira, a qual, atualmente, na sua vertente assistencial, é marcada pela implantação de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico. A proposta da avaliação centra-se no microespaço e no cotidiano do serviço e ocorre mediante a participação da equipe, usuários e familiares. Trata-se de uma avaliação qualitativa, mediante a qual se busca apreender a dinâmica do serviço, a forma como os atores interagem e os sentidos que constroem em relação à própria prática; uma avaliação que também possa ser dispositivo, permitindo, mediante um processo participativo, que grupos de interesse ampliem a possibilidade de intervir na realidade do serviço, e que possam ser sujeitos, uma vez que em metodologias tradicionais estão excluídos. A Avaliação de Quarta Geração, desenvolvida por Egon G. Guba e Yvona S Lincoln juntamente com o Método Paidéia, desenvolvido por Gastão Wagner de Sousa Campos, foram norteadores do processo teórico-metodológico da pesquisa. Os instrumentos de coleta de dados foram entrevistas com equipe, usuários e familiares e observação. As questões que emergiram no processo avaliativo foram agrupadas em três núcleos temáticos: dimensões do objeto de trabalho, equipe, práticas e os meios de trabalho. Foi constatado que, mesmo que o serviço pareça ser um substitutivo para o atendimento no hospital psiquiátrico, tanto fatores externos, relacionados às políticas locais de saúde mental, quanto fatores internos, relacionados ao cotidiano do serviço, impedem que isso se efetive.