Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Boffino, Catarina Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-10122009-114247/
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Resumo: |
Fobia específica de altura ou acrofobia é um transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo intenso e desproporcional de locais altos, levando à esquiva de situações e capaz de gerar sofrimento. Os diversos tipos de fobias parecem estar ligados a diferentes mecanismos de aquisição de medos. Mais do que experiências de aprendizado ou condicionamento, existem evidências de que anormalidades no controle da postura possam estar envolvidas na gênese do medo de altura. Deficiências na função vestibular podem levar um indivíduo a depender mais de sua visão ou de sua propriocepção para manter o controle postural. Lugares altos são um tipo de situação limite onde a falta de tais referências poderiam, em tese, desencadear reações de defesa e sintomas ansiosos. Além disso, o aumento de demanda por recursos cognitivos para a compensação do equilíbrio poderia deixar indivíduos acrofóbicos mais susceptíveis a interações entre o controle postural e atividades que demandem atenção. Esta dissertação testou a hipótese de que indivíduos com fobia específica de altura apresentam pior controle postural e maior interferência entre o controle do equilíbrio e o desempenho em tarefas que demandem atenção. Foram comparados 31 acrofóbicos (23 mulheres, 36,4±12 anos) e 34 controles não-fóbicos (22 mulheres, 32,4±12 anos). O desempenho da estabilidade postural em plataforma de posturografia dinâmica e o desempenho atencional foram simultaneamente avaliados através de teste em computador envolvendo o rastreio visual de um alvo em movimento imprevisível. Foram avaliadas as seguintes variáveis: ÁREA (área delimitada da excursão do centro de pressão em cm²); CPx e CPy (deslocamento total do centro de pressão na base de suporte em cm, na direção látero-lateral (eixo x) e ântero-posterior (eixo y)); VMx e VMy (velocidade média com a qual ocorre o deslocamento do centro de pressão em cm/s) e RMSx e RMSy (quadrado da média da raiz do deslocamento do centro de pressão, em cm, a partir da coordenada central (0,0) da base de apoio). O teste de atenção foi avaliado pela porcentagem de tempo em que o sujeito conseguia seguir anualmente o movimento do alvo. Indivíduos com acrofobia apresentaram uma pior estabilidade postural e um pior desempenho no teste atencional, além de uma maior interferência entre as tarefas. Estes resultados são compatíveis com a hipótese de que anormalidades do controle postural possam exercer um papel importante na gênese e na perpetuação dos sintomas de medo de altura. |