Comparação dos efeitos de um programa baseado em exergames com a fisioterapia convencional sobre controle postural, mobilidade funcional e qualidade de vida em pacientes com doença de Parkinson: ensaio clínico aleatorizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Keyte Guedes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-18042023-144145/
Resumo: Introdução: O comprometimento do controle postural e da mobilidade funcional são os dois sintomas mais debilitantes da doença de Parkinson. Além de limitar o desempenho nas atividades de vida diária, está associado à maior prevalência de quedas nessa população. Particularmente, a disfunção no controle postural não responde adequadamente à terapia de reposição dopaminérgica, mas os programas de fisioterapia convencional podem ser efetivos sobre esse desfecho em pacientes com doença de Parkinson. Objetivo: Desta maneira, o objetivo primário deste estudo foi analisar os efeitos do treinamento baseado em exergames Kinect em comparação com a fisioterapia convencional baseada nas áreas centrais da diretriz europeia de fisioterapia sobre o controle postural em pacientes com doença de Parkinson. Os objetivos secundários analisaram a efetividade das duas modalidades da fisioterapia sobre a mobilidade funcional, autopercepção de confiança no equilíbrio, qualidade de vida, força muscular de membros inferiores, habilidade de transferência, função motora e risco de quedas, além de observar a adesão e segurança das intervenções. Métodos: Trinta e oito pacientes diagnosticados com doença de Parkinson idiopática foram aleatorizados em dois grupos, e realizaram 14 sessões de treinamento, duas vezes por semana, por 60 minutos. O desfecho primário avaliou o controle postural por meio do Mini-BESTest. Foram avaliados como desfechos secundários: o limite de estabilidade, a reserva funcional do equilíbrio e a área do centro de pressão pela posturografia computadorizada; mobilidade funcional pelo teste Timed Up and Go (TUG); autoconfiança no equilíbrio por meio da Activities-specific Balance Confidence (ABC) scale; qualidade de vida por meio da versão brasileira do Parkinson\'s Disease Questionnaire (PDQ-39); força muscular de membros inferiores e habilidade de transferência pelo Five times Sit-To-Stand test (FTSST); função motora pelo Unified Parkinson\'s Disease Rating Scale (UPDRS-III); e o risco de quedas em comparação com a nota de corte no Mini-BESTest. Resultados: Aproximadamente 85% dos pacientes de ambos os grupos completaram as sessões de treinamento com altos índices de segurança e adesão. Ambos os grupos apresentaram melhora na UPDRS-III, Mini-BESTest e PDQ-39 (p> 0,05) com manutenção dos efeitos após 30 dias de segmento. Adicionalmente, o aumento significativo na pontuação do Mini-BESTest, após as intervenções, correlacionou-se com a redução no risco de quedas em ambos os grupos. Conclusão: As intervenções mostraram-se seguras e eficazes para melhorar o controle postural, função motora, risco de quedas e qualidade de vida em pacientes com doença de Parkinson. No entanto, não houve diferença entre os efeitos do exergame Xbox Adventures e a fisioterapia convencional baseada nas áreas centrais da diretriz europeia de fisioterapia para Doença de Parkinson