Leis do cárcere e inclusão social: uma análise institucional do discurso de uma facção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bazo, Andressa Loli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2136/tde-19022021-164829/
Resumo: No cenário das práticas prisionais institucionalizadas, a coexistência de mecanismos repressivos emanados pelas instâncias oficiais de controle e de dispositivos disciplinares manipulados pelas facções tem sido amplamente discutida na literatura acadêmica. A maioria dos autores sustenta que, apesar de haver uma relação de cooperação entre esses dois polos normativos, a facção seria formada por uma complexa rede de solidariedade. A partir desse panorama, o objetivo dessa pesquisa é compreender as representações das relações de pertencimento para os membros de uma facção. Desde a formulação de seus objetivos, a pesquisa vale-se da estratégia metodológica da análise institucional do discurso. Esse método permitiu configurar os lugares assumidos e atribuídos pelos faccionados nas relações tecidas entre esses atores institucionais. O processo analítico evidenciou cinco categorias temáticas centrais. Nestas, atentou-se às regularidades e às singularidades produzidas na construção da cena discursiva e aos efeitos de reconhecimento e de desconhecimento da relatividade das práticas institucionais. Observou-se como a subjetividade se produz na constante tensão entre o assujeitamento à ordem institucional e a resistência a essa mesma ordem. O estudo aponta para os jogos de força, poder e verdade negociados entre o pertencimento e o aprisionamento.