Viabilidade seminal pré e pós-criopreservação em touros suplementados com gordura protegida e/ou antioxidantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guardieiro, Monique Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-22082013-164252/
Resumo: A criopreservação de sêmen é de fundamental importância para a expansão das técnicas reprodutivas como a inseminação artificial, a transferência de embriões e a fecundação in vitro, entretanto é responsável pelo estresse oxidativo da célula espermática. Para incrementar a sobrevivência celular após a congelação, a membrana plasmática deve ter adequada fluidez que é garantida pelos ácidos graxos poliinsaturados e suporte de defesa antioxidante para proteger contra a peroxidação lipídica. No intuito de tornar os espermatozoides mais resistentes à criopreservação, 48 touros da raça Nelore foram confinados (três animais por baia) e designados a quatro tratamentos de acordo com a adição de gordura protegida da degradação ruminal e/ou antioxidantes à dieta. Aos primeiros 30 dias, todos os touros receberam a mesma dieta de adaptação (bagaço de cana, polpa cítrica, farelo de glúten de milho, ureia e sal mineral). Posteriormente, durante 75 dias, a mesma dieta foi oferecida, diferindo na adição de: G) Gordura protegida da degradação ruminal (rica em ácido linoleico, Megalac-E®, 1,5% na MS; n = 12); A) antioxidante (fonte de vitamina C e selênio, EconomasE®, 3g/cabeça/dia; n = 12; GA), Megalac-E® e EconomasE® (n = 12) ou C) controle (n = 12). Colheitas e congelação de sêmen foram realizadas ao 0, 15, 30, 45, 55, 65 e 75 dias. Os dados foram analisados como medidas repetidas pelo Glimmix do SAS. O peso corporal e o perímetro escrotal não diferiram entre os tratamentos (P = 0,37). A atividade da glutationa peroxidase no plasma sanguíneo e seminal foi maior para as dietas contendo antioxidantes, especialmente aos 75 dias. O volume, turbilhonamento, vigor, porcentagem de cabeças aglutinadas do sêmen fresco, foram similares entre os grupos. Entretanto, dietas contendo gordura reduziram o número total de espermatozoides (P = 0,07) e a porcentagem de espermatozoides normais (P = 0,09). A peroxidação lipídica e a cinética espermática do sêmen descongelado foram similares entre as dietas experimentais. Por outro lado, dietas não contendo gordura aumentaram a porcentagem de espermatozoides com membrana plasmática (MP) íntegra e membrana acrossomal (MA) não reagida (62,2 ± 2,87 vs 53,3 ± 2,87%; P < 0,05). Além disso, dietas sem antioxidantes provocaram aumento no número de células espermáticas com MP lesada e MA reagida. Aos 65 dias de suplementação, espermatozoides de touros alimentados com dietas com gordura apresentaram maior estabilidade da MP, em relação aos outros tratamentos (60,4 ± 2,62 vs 52,7 ± 2,62%; P = 0,05), porém, aumentou o número de espermatozoides mortos (P = 0,10). O potencial mitocondrial espermático não foi afetado pelos tratamentos. Conclui-se que, apesar da viabilidade espermática pré-congelação não ter sido afetada pelas dietas experimentais, efeito benéfico aos espermatozoides após criopreservação foi encontrado quando suplementou-se touros com dietas contendo antioxidantes, em relação a dietas contendo gordura.