Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Humberto Vilela de Castro e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-09042021-111305/
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Resumo: |
Introdução: Dentre os exames de imagem, a tomografia computadorizada (TC) é considerada por vários autores como padrão-ouro para avaliar a perda óssea da cavidade glenóide. O quadrante anteroinferior da cavidade glenóide é o local mais frequente para inserção de âncoras e parafusos. Não foi identificado, até o presente momento, estudos na literatura descrevendo uma classificação da morfologia da margem anterior da cavidade glenóide baseada em imagem e com intuito de facilitar a avaliação pré-operatória. Objetivo: Descrever uma nova classificação tomográfica da margem anterior da cavidade glenóide baseada na avaliação de imagens de tomográficos (TC) do ombro de pacientes adultos, além de avaliar a concordância (Kappa simples) intraoservador e (Kappa Fleiss) interobservador da classificação proposta. Métodos: Estudo observacional transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. A amostra analisada no estudo foi composta por 80 exames tomográficos de ombro com cavidades glenóides normais, ou seja, sem alterações ósseas. No tocante à idade, a amostra apresentou idade média de 45 (±15,10) anos. Foram observados 45 exames em pacientes do sexo masculino e 35 do sexo feminino. Quanto à lateralidade, 47 do lado esquerdo e 33 do direito. Quatro examinadores fizeram a classificação da margem anterior da cavidade glenóide nas imagens de TC, de forma independente e às cegas; sendo dois especialistas em cirurgia do ombro, examinador (A e C), e dois radiologistas musculoesqueléticos, examinador (B e D). Os examinadores utilizaram as imagens digitais anonimizadas de exames tomográficos de ombro, no formato DICOM, utilizando o sistema Horos (Nimble Co, Annapolis, USA). Após 30 dias, foram realizadas novas avaliações às cegas para cálculo da concordância intraobservador. As posições 3:00h e 4:30h, em cortes axiais, foram avaliadas separadamente quanto à classificação da morfologia da borda anterior da glenóide após a correção obliqua . Durante a classificação, os examinadores tiveram à disposição desenhos ilustrativos dos quatros subtipos propostos além de uma videoconferência com orientações sobre o estudo. Resultados: A concordância intraobservador na avaliação da morfologia da glenóide nas duas posições (3:00 e 4:30h) foi quase perfeita. A concordância entre os examinadores (interobservador), foi razoável na posição 3:00h e moderada na posição 4:30h. A morfologia da glenóide em geral difere entre 3:00 e 4:30 em um mesmo paciente. Conclusão: Foram identificados quatro subtipos de morfologia da borda anterior da glenóide, sem relação estatisticamente significativa com sexo, lateralidade e faixa etária. A concordância intraobservador foi quase perfeita para avaliação da classificação da borda anterior da glenóide. A avaliação interobservador foi razoável a moderada. A classificação proposta tem o potencial de contribuir com cirurgias de instabilidade glenoumeral. |