Desenvolvimento da cana-de-açúcar (Saccharum spp.) sob diferentes formas de colheita e de manejo do palhiço.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Leme Filho, José Rubens Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-24022010-101657/
Resumo: Da substituição da colheita manual de cana queimada pela mecanizada de cana crua, decorre grande demanda por pesquisas relacionadas aos efeitos do palhiço, residual da colheita, sobre a cana soca e sobre o ambiente de produção. O presente trabalho teve por objetivo estudar os efeitos do sistema de colheita e do manejo do palhiço residual sobre o desenvolvimento das soqueiras de cana-de-açúcar e sobre algumas propriedades físicas e químicas do solo. O experimento foi instalado em área de colheita mecanizada de cana-de-açúcar, variedade SP91- 1049, conduzido ao longo do ciclo da primeira soca, delineado em blocos completos casualizados, com quatro repetições e os seguintes quatro tratamentos: palhiço em área total (não manejado); remoção do palhiço de sobre as linhas de cana (desaleiramento); palhiço aleirado; e palhiço queimado. Uma medida mensal de temperatura do solo foi feita até o 9º mês após o corte. A biometria foi feita mensalmente até 8 meses após o corte, avaliando-se o perfilhamento da cana e o crescimento inicial da parte aérea. Próximo ao final do ciclo foram feitas análises químicas de solo e de folhas de cana, análises físicas de solo não deformado, avaliação da distribuição da umidade e do sistema radicular no perfil do solo, e análises tecnológicas de amostras de cana para avaliação da maturação. Por ocasião da colheita, pesou-se a produção. O maior efeito do palhiço sobre a cana-de-açúcar foi reduzir o perfilhamento inicial, sendo que o desaleiramento mostrou-se a forma de manejo do palhiço mais eficaz em mitigar o efeito negativo do mesmo sobre o perfilhamento inicial. O aleiramento, além de ser menos eficaz nesse sentido, induziu um perfilhamento inicial deveras heterogêneo. Quanto às propriedades químicas do solo, o palhiço não causou efeito significativo sobre os teores de MO, CTC, Al e pH; entre os nutrientes, apenas o manganês sofreu efeito significativo dos tratamentos, apresentando menor teor sob palhiço em área total do que onde o palhiço foi queimado. Quanto às propriedades físicas do solo, o palhiço favoreceu uma pequena compactação, indicada por redução da aeração do solo na capacidade de campo; além da redução da temperatura do solo, significativa só nos primeiros 6 meses após o corte. Sobre a distribuição da água no perfil do solo, avaliada no 11º mês após o corte e depois 2 semanas sem chuva, na camada de 0-20 cm a umidade foi significativamente maior sob palhiço em área total do que onde o palhiço foi queimado; e em profundidades maiores não houve diferença significativa devida aos tratamentos. Não obstante, sobre a distribuição do sistema radicular no perfil do solo, os tratamentos não produziram nenhuma diferença significativa.