Dizang: uma solução para coleta de evidências forenses para ataques de injeção na nuvem.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fonte II, Hamilton José Sales
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3141/tde-07022020-111602/
Resumo: A adoção de arquiteturas em nuvem aumenta a cada dia, e proporcionalmente aumenta também o número de casos em que esse tipo de tecnologia é usada para fins ilícitos. Infelizmente, devido à natureza volátil da nuvem, a tarefa de coletar evidências para análise forense nesse ambiente tem esbarrado em desafios práticos e legais. Mais precisamente, a prática herdada da forense tradicional para coleta de evidências, por meio da qual se isola a cena do crime e coletam-se todas as evidências, foi traduzida para a forense digital como a cópia bit a bit da mídia que se deseja investigar. Tal prática leva à coleta de grandes volumes de informação para análise, impactando negativamente o tempo de investigação. Além disso, duas características das soluções em nuvem dificultam a obtenção de evidências forensicamente confiáveis, além de atrapalhar o processo de análise de incidentes de modo geral. A primeira é que o compartilhamento de recursos físicos entre vários usuários impede a sua remoção para análise, uma vez que isso violaria a privacidade de indivíduos não envolvidos na investigação. A segunda é que a localização do recurso físico em uma região geográfica diferente daquela onde o crime foi cometido pode impedir a coleta de evidências caso não haja acordos de cooperação estabelecidos. Estes aspectos, se não forem levados em consideração, podem colocar em dúvida a credibilidade das evidências e diminuir a chance de serem aceitas em um processo legal. Este trabalho analisa propostas na literatura voltadas a resolver tais desafios na coleta evidências na nuvem, discutindo suas limitações. Propõe-se, então, uma solução que cobre coleta, transporte e armazenamento da evidência, visando suplantar as limitações existentes no estado da arte. A solução proposta, denominada Dizang , provê uma forma de correlacionar evidências e sua origem virtual, permitindo transportar e armazenar tais dados sem afetar sua credibilidade. Para tal, é proposto um mecanismo de identificação única do gerador da evidência, permitindo então preservar a relação evidência-origem mesmo que esta última não exista mais no ambiente sob investigação. Em resumo, Dizang tem como focos (1) a reprodutibilidade do processo de coleta, (2) o estabelecimento de um vínculo entre a evidência coletada e sua origem, (3) a preservação da jurisdição e da privacidade de usuários não envolvidos na investigação e (4) a garantia de custódia da evidência.