Estudo taxonômico dos Apicotermitinae da Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Constantini, Joice Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/38/38131/tde-30102018-172307/
Resumo: Apesar de sua relevância ecológica, os Apicotermitinae neotropicais foram taxonomicamente pouco estudados, e nenhum trabalho abrangente de morfologia comparada foi feito sobre eles. Portanto, há uma lacuna na compreensão da variação apresentada por alguns caracteres (especialmente do tubo digestório) em todo o grupo. A morfologia interna e externa de 600 amostras de Apicotermitinae da Mata Atlântica depositadas no MZUSP, juntamente com os tipos do American Museum of Natural History (Nova Iorque) e do Smithsonian Institution National Museum (Washington, DC), foi estudada. O tubo digestório, incluindo a válvula entérica, foi analisado para cada espécie tratada aqui. Foram identificadas 35 espécies, sendo 20 delas ainda não descritas, e outras 15 espécies já conhecidas, cujas áreas de distribuição foram ampliadas. O estudo do material tipo possibilitou a melhoria das descrições de espécies, cujos diagnósticos eram problemáticos. As descrições e redescrições de todas as espécies foram incluídas, bem como ilustrações das principais características, estudo morfométrico e mapas de amostragem. Também foram incluídos comentários sobre o status do material tipo, um breve estudo comparativo de todas as espécies neotropicais e uma chave de identificação baseada nos operários para essas espécies. O estudo comparado deu suporte para novas hipóteses de agrupamento das espécies no nível de gênero, e permitiu avaliar caracteres informativos que têm sido negligenciados em artigos publicados recentemente, como: diferenças nas mandíbulas de operários e alados da mesma espécie, especialmente na região molar, dimorfismo sexual nos alados, presença de órgãos deiscentes no tórax e nos primeiros segmentos abdominais do operário. Conclui-se que é fundamental o estudo da morfologia externa e interna do operário e morfologia externa do alado de forma combinada para um bom diagnóstico em nível específico e genérico, não considerando apenas uma característica (como a válvula entérica) para a separação de táxons. As descrições desses novos táxons permitirão estudos faunísticos comparáveis, levando a um melhor entendimento desse grupo nos ecossistemas neotropicais.