Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Herrerias, Priscilla |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8155/tde-13072011-143257/
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Resumo: |
As lacunas nos processos de comunicação entre as personagens dramáticas de Anton Tchékhov (1860-1904) apresentam-se como um traço básico e definitivo de sua poética. A análise dos processos comunicativos entre as personagens das quatro principais peças do autor - A gaivota (1896), O tio Vânia (1897), As três irmãs (1900) e O jardim das cerejeiras (1904) - elucida a criação de um novo paradigma artístico em seu sistema dramático, cujas inovações marcaram profundamente todo o teatro do século XX e exercem enorme influência até os dias de hoje. O presente trabalho apresenta um recorte das obras selecionadas em relação ao contexto russo da época, evidenciando inquietações que anunciavam transformações profundas na sociedade. Neste intuito, retoma a teoria dos gêneros literários e suas principais críticas, que realçaram a importância da relação entre os gêneros e o momento histórico em que se consolidavam; assim, adquire relevo nas análises o conceito de \"romantização\" dos gêneros proposto pelo filósofo e teórico literário russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), a partir da ideia de \"supremacia\" do único gênero em devir. Com a emersão de elementos épicos e líricos na dramaturgia tchekhoviana, observa-se como o diálogo, forma do gênero dramático por excelência, motor das ações que impulsionam o avanço do enredo no sistema dramático tradicional, tem sua unidade enfraquecida, fazendo com que o drama tchekhoviano necessite da encenação para realizar-se plenamente. O \"invisível\" e o \"indizível\", aquilo que subjaz às réplicas, que está latente justamente nas lacunas dos processos comunicativos entre as personagens, torna-se vital a este novo teatro, que acolhe e conta com a imaginação de leitores/espectadores. |