O ateliê do ator-encenador: \"enquadramento\", \"incidência\" e \"vulnerabilidade\" na poética da cena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Arruda, Rejane Kasting
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27155/tde-20102014-114939/
Resumo: Esta pesquisa propõe uma estrutura de três funções mínimas articuladas (incidência, enquadramento e vulnerabilidade) para a orientação da criação e pedagogia do ator. A sua premissa é o par \"anteparo e impressão digital\" (extraído do trabalho do Prof. Dr. Armando Sergio da Silva na USP) como estrutural e a sua hipótese é o arranjo: vários anteparos (materiais) a um só tempo implicados na criação de uma impressão digital (inscrição do ator na poética da cena). O método é a criação assistida no \"Centro de Pesquisa em Experimentação Cênica do ator\", a articulação com a prática pedagógica, teoria teatral e pensamento lacaniano. Procedimentos são formalizados: a.) o jogo de enquadramento, e b.) o pré-jogo - espécie de híbrido entre partiturização e improvisação, fundamentado em uma articulação entre diferentes práxis (a Memorização Através da Escrita de Khan; o treino na imobilidade encontrado em Grotowski; visualização, verbalização e escrita em Kusnet, Stanislavski, Knebel, Adler, Spolin; o princípio da deformação e abstração performativos). São problematizadas duas oposições paradigmáticas (anti-dramático e anti-realista) concluindo-se por uma ética do hibridismo, através do desmonte dos arranjos para a extração de materiais e criação de um estilo de criação. À luz do conceito de \"figuras do objeto a\" encontrado em Dunker, a criação atoral é situada como algo que põe em questão os limites da forma e implica um excesso que aponta para um lugar de não inscrição na linguagem.