Cruzeiros de luxo no Rio Amazonas: da regulação ao uso corporativo do território

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Menezes, Thais Zucheto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09102018-103057/
Resumo: O objetivo do presente trabalho é analisar os cruzeiros fluviais de luxo que navegam no rio Amazonas, considerando as bases normativas relacionadas à sua atuação em território brasileiro, assim como o uso corporativo que fazem do território. Para tanto, as localidades de Macapá, Belém, Santarém, Alter do Chão, Boca da Valéria, Parintins e Manaus constituíram bases empíricas da análise, pois se tratam dos locais onde os referidos cruzeiros realizam paradas ao longo do rio. Como procedimento metodológico foi realizado levantamento bibliográfico de fontes secundárias e a realização de um trabalho de campo por todas as localidades acima citadas. Devido ao objeto de estudo ser os cruzeiros de luxo, foi realizado um levantamento de informações sobre o mercado de luxo, pois o setor de cruzeiros é segmentado, a exemplo da atuação do mercado de luxo. Após este levantamento de informações foi realizada a análise da navegação dos cruzeiros fluviais de luxo no rio Amazonas, envolvendo as empresas de cruzeiro, as entidades portuárias e as secretarias estaduais de turismo. Buscamos demonstrar como ocorre a divisão do trabalho no espaço e a atuação das empresas de cruzeiros fluviais de luxo que operam no local. Ao atuarem de forma cooperativa entre si, são produzidas redes de conexão no território que as unem numa lógica particular. A divisão territorial de uma empresa é manifestada no território à medida que ela constitui sua base territorial de existência e o território passa a ser ocupado de acordo com lógicas escalares diversas (global, nacional e intra-urbano). A privatização do território a partir do relacionamento entre as empresas ocorre com a utilização de recursos públicos, possibilitada pelos sistemas de engenharia presentes. Constatamos que ocorre a oligopolização e o uso corporativo do rio Amazonas, principalmente nos locais de paradas dos navios. As empresas atuam de forma sazonal, identificada na forma de temporadas. Esta sazonalidade está ligada às estratégias corporativas que analisam a oferta de cruzeiros, a demanda de turistas, os custos logísticos e o tamanho dos navios, que devem atender às especificações técnicas dos portos e locais por onde trafegam. Além disso, as empresas promovem uma circulação seletiva, demandam melhorias nas infraestruturas portuárias e a seletividade das localidades por onde atuam.