O Sétimo Juramento de Paulina Chiziane e Hibisco Roxo de Chimamanda Ngozi Adichie: um olhar sobre a constituição das personagens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Juliana Sant'Ana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19032019-124450/
Resumo: É possível afirmar que a produção literária de qualquer sistema social dialoga com o contexto histórico, cultural, econômico e político dentro do qual está inscrita, e tal contexto, por sua vez, também dialoga e reage a essa produção definindo um constante movimento sistêmico. Tais imbricações entre literatura e contexto social incidem na construção das personagens, muitas vezes, mobilizadas, nos textos literários, pela construção de suas próprias identidades e em tensão não só com o contexto social dentro do qual vão sendo inscritas, mas também e, inevitavelmente, com as demais personagens que integram a narrativa ficcional. É a partir desses movimentos entre a constituição das personagens, suas identidades e seus respectivos contextos sociais que os romances, O Sétimo Juramento, da escritora moçambicana Paulina Chiziane e, Hibisco Roxo, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie serão analisados. Tendo por base conjunturas históricas cujas especificidades estão demarcadas, Moçambique e Nigéria, é que as personagens femininas dos romances de Adichie e de Chiziane serão aproximadas e se distanciarão entre si, mas, continuamente em tensão, confrontam o universo masculino. Essas personagens acabam por ascender nessas narrativas ficcionais como mulheres que vislumbram rupturas de sistemas sócio-político-econômico-culturais e acabam por desencadear, sobretudo, novas relações plurais de identidade. Em ambos os romances, de maneira confluente, a dinâmica das tramas reside na movimentação, transformação e ação das personagens femininas que se redescobrem na pluralidade de sua constituição como seres humanos e plenas de possibilidades concretas e objetivas de transformação social para conferirem diferentes saídas para as sociedades de classes, historicamente, opressoras, machistas, patriarcais e opressivas.