Dinâmica de populações e pesca do tubarão-martelo Sphyrna lewini (Griffith & Smith, 1834), capturado no mar territorial e zona econômica exclusiva do sudeste-sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Kotas, Jorge Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-08122015-105215/
Resumo: O tubarão-martelo, Sphyrna lewini é um dos mais valiosos recursos marinhos, e o preço pago por suas barbatanas no mercado Asiático pode atingir acima dos U$ 100,00/kg. A análise da composição de tamanhos e idades nas capturas, o estudo do crescimento desta espécie de grande porte e a evolução temporal dos desembarques, indicaram que este recurso se encontra sobreexplotado no sudeste e sul do Brasil, como reflexo de diferentes modalidades pesqueiras atuando ao longo de todo o seu ciclo de vida e à baixa resiliência desta espécie à pesca, por apresentar um crescimento lento (L&#8734 = 329,12 cm; K = 0,071 ano-1; to = -2,37 ano; sexos combinados), longevidade acima dos 40 anos e mortalidade natural baixa (M = 0,1 ano-1 na fase adulta), padrões estes típicos de uma espécie K-estrategista . A sobrepesca de recrutamento, ocorre nas áreas costeiras, principalmente pela pesca de arrasto e emalhe costeiro, não havendo a proteção das áreas de parto na primavera-verão. Neste caso há grandes capturas de neonatos e juvenis até 8 anos de idade. A tração adulta por sua vez é reduzida pela pesca de espinheI e de emalhe de superfície principalmente na zona de talude. Modelos de análise de covariância indicaram maiores capturas desta espécie na pesca de espinheI de monofilamento de superfície durante os meses de primavera-verão, na zona de talude (200 e 3000 m) e a existência de uma relação linear positiva entre a captura em peso e o esforço em número de anzóis. Medidas de manejo e conservação para esta espécie são sugeridas.