Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Taís Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-03052023-092402/
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Resumo: |
A maior parte dos estudos sobre latossolos abordam, dentro da seção de controle, a mineralogia, química e físico-quimica e em particular sobre a morfologia e formação dos microagregados do horizonte B latossólico, muitas vezes apoiados com estudos micromorfológicos. Entretanto, como são solos muito mais espessos do que 200cm, se faz necessário descrever melhor feições e registros morfológicos existentes após esse limite. Este trabalho se desenvolveu em latossolos com diferentes texturas e desenvolvidos a partir de diferentes materiais geológicos dentro da Depressão Periférica Paulista, destacando-se os sedimentos paleozóicos dos grupos Tubarão e Passa Dois, com interrupções nesta litologia por intrusões de rochas básicas mesozoicas da Formação Serra Geral e sedimentos neo-enozóicos. A hipótese principal é a de que, após a seção de controle, há nos latossolos, em especial no B latossólico e na zona de transição para o saprolito, registros morfológicos pouco descritos e eventualmente não compreendidos ainda da história evolutiva e da dinâmica pedogenética dos latossolos. As biofeições estão dentro das menos estudadas, o que é paradoxal, uma vez que a latossolização envolve não somente a ferralitização (parcial ou total) mas também a bioturbação. Como segunda hipótese é postulado que há zonas importantes de bioturbação, que ocorrem após os limites de profundidade descritos pelos ecólogos do solo, e que estas zonas estão associadas a mudanças paleoambientais. Os resultados sobre a uniformidade do material parental dos solos, deixou claro que nem todas as relações são assertivas para considerar esses solos como poligenéticos, resultante de diversos processos ao longo da sua formação. O biomanto dos Latossolos não é resumido aos horizontes superficiais A, AB, BA e mesmo Bw1, eles podem ser espessos e atingir profundidades muito além da seção de controle. Zonas de grande bioturbação profundas podem estar relacionadas a mudanças climáticas pretéritas onde períodos mais secos forçaram a fauna edáfica a buscar maior umidade em profundidade. Biofeições de minhocas, cupins e formigas cortadeiras aparecem de forma comum em profundidades superiores àquelas descritas na literatura, fato também encontrado para organismos menores como os enquitreídeos que são normalmente associados aos primeiros centímetros do perfil de solo. A identificação de biofeições em solos arenosos e de textura média é mais difícil devido à menor estabilidade dos constructos que são destruídos com maior facilidade. Subhorizontes adensados e com estrutura em blocos devem ser remanescentes de volumes mais densos formados na zona de alteração e que permaneceram. As faixas de abundantes fragmentos de carvão enterrados nos 3 perfis em estudo são coincidentes em profundidade e idades, marcando claramente períodos de incêndios recorrentes durante o Holoceno, indicando momentos de clima mais seco, o que pôde ser confimado no estudo isotopico. |