Distúrbios da linguagem falada no transtorno do déficit de atenção/hiperatividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Periotto, Maria Cecilia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-08092009-151608/
Resumo: O TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO /HIPERATIVIDADE (TDA/H) afeta memória operacional, planejamento, auto-regulação de motivação e limiar para a ação dirigida, alterando funções executivas, inclusive linguagem. Crianças com TDA/H apresentam distúrbios da linguagem, mostrando baixo rendimento nos testes de vocabulário, sintaxe, fluência, memória operacional e discurso. OBJETIVOS: avaliar tipo e freqüência das alterações da linguagem oral em crianças com TDA/H; verificar a evolução desses distúrbios após dois meses de tratamento com metilfenidato; correlacionar produção do discurso do tipo recontagem com memória operacional. MÉTODOS: trinta e seis pacientes de sete a 14 anos de idade com diagnóstico de TDA/H pelos critérios do DSM-IV, QI 85, sem co-morbidades definidas, sem déficits sensoriais e com avaliação neuropsicológica prévia foram submetidos à seguinte avaliação fonoaudiológica: anamnese; avaliação clínica do sistema estomatognático; função respiratória; discriminação auditiva; praxias orais; teste de imitação do protocolo ABFW; teste de vocabulário Boston Naming test; discurso narrativo e análise da recontagem de estória (gramática da história, número de frases, freqüência e tipo de erros). A avaliação fonoaudiológica foi aplicada antes do início do tratamento com metilfenidato sendo que seus resultados foram comparados com o grupo controle. Após dois meses de tratamento medicamentoso as crianças foram reavaliadas e os resultados foram comparados com a avaliação inicial. Verificou-se evolução da linguagem falada após dois meses de tratamento com medicamento estimulante. RESULTADOS: Os pacientes mostraram comprometimento no sistema estomatognático, na respiração, na discriminação auditiva, no acesso lexical, na fluência, na compreensão e na organização do discurso narrativo em tarefa de recontagem de estória. Na reavaliação os resultados mostraram melhora significante nos seguintes aspectos da linguagem falada. CONCLUSÃO: nos pacientes com TDA/H, os distúrbios da linguagem falada são freqüentes, podendo estar diretamente associados às dificuldades de aprendizado, já que o desenvolvimento da linguagem falada é pré-requisito importante para a aquisição da linguagem escrita.