Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Graner, Cesar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-13122021-125241/
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Resumo: |
Plasma Hiperimune (PH), obtido do sangue de doadores hiperimunizados, é indicado na medicina equina principalmente em casos de falhas na transferência de imunidade passiva nos potros. Na medicina humana, em situações de hipoglobulinemia, aplica- se a Imunoglobulina G purificada, possibilidade não existente na medicina equina. O Brasil não possui marco regulatório para produção e comércio de PH para equinos e outros hemoderivados. Logo, o presente trabalho teve como objetivo demonstrar a viabilidade de produção de Imunoglobulina Purificada (IP) equina e avaliar a estabilidade do PH e da IP por um período de 3 meses. Os produtos foram obtidos de 5 doadores em coleta única e avaliados nos tempos T0, T1, T2, T3 (meses) após a produção, armazenados tanto sob a forma de refrigeração a 5ºC quanto na forma congelada a -25ºC. Foram realizadas análises físicas (aspecto, precipitado, turvação e cor), laboratoriais e de contaminação. As análises laboratoriais realizadas foram: proteína total, albumina, globulinas, fibrinogênio, imunoglobulina G (para os dois produtos), e glicose (apenas para o PH). Os dois produtos armazenados sob congelamento não apresentaram alterações físicas. PH mantido sob refrigeração apresentou alterações físicas significativas a partir do T1, evoluindo ao longo do tempo. A IP refrigerada apresentou alterações de aspecto apenas em dois doadores após 60 dias de conservação. As análises laboratoriais demonstraram que não houve diferença estatística nas variáveis analisadas em função influência da temperatura de conservação ou da interação “ temperatura X tempo” de armazenamento. Em relação apenas ao tempo de armazenamento, independente da temperatura, foi observada diferença a partir de 60 dias apenas para as variáveis Imunoglobulina G e Fibrinogênio para os dois produtos, com comportamento oscilatório sem apresentar tendência de queda ou de aumento de concentração. A análise microbiológica demonstrou discreta contaminação apenas em material refrigerado de 2 doadores após 12 dias de incubação. Materiais congelados não apresentaram contaminação. Conclui-se que o processo de purificação de Imunoglobulina equina demonstrou ser viável e eficiente, embora ainda sejam necessários ajustes para otimização do processo, que os parâmetros laboratoriais foram mantidos nos 90 dias de estudo, independente da temperatura de armazenamento, exceto Imunoglobulina G e Fibrinogênio que demostraram oscilação a partir de 60 dias, independente da temperatura, e que o armazenamento por congelamento a -25º C proporciona maior estabilidade nas características físicas e de contaminação, indicando essa forma de conservação, tanto para o Plasma Hiperimune quanto para a Imunoglobulina Purificada. |