A interiorização da assistência à infância e a experiência do Asylo de Orphans Anália Franco em Ribeirão Preto (1901-1925)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Johansen, Carla Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-08012018-120423/
Resumo: No início do século XX, a educadora Anália Franco se destacava em ações no campo da assistência à infância em situação de pobreza e/ou abandono, área em que pouco atuava o Estado brasileiro. Em 1901, criou a Associação Feminina Beneficente e Instrutiva (AFBI) e a presente pesquisa objetiva analisar qual sua influência no processo de interiorização da assistência à infância no Estado de São Paulo e, para concretizar este intento, optou-se pelo estudo do Asylo de Orphans Anália Franco, fundado em Ribeirão Preto no ano de 1917. Buscou-se, então, dar luz às formas de organização e atuação da referida instituição e optou-se por um recorte cronológico que se inicia no ano de 1901, quando foi fundada a AFBI, até o ano de 1925, quando a diretoria do asilo ribeirão-pretano elaborou um detalhado relatório sobre as práticas ali realizadas. A análise de fontes documentais demonstra que a criação do asilo em Ribeirão Preto foi parte de um projeto de assistência consolidado por Anália Franco no Estado de São Paulo, que possibilitou a criação de várias instituições em diversas localidades interioranas por meio da instauração de um modelo institucional, que contava até mesmo com publicações de cunho educacional para unificar o trabalho realizado e criação de comissões de fiscalização das instituições. A análise permite concluir que o asilo ribeirão-pretano seguia um padrão de organização e era modelado de acordo com o que pretendia Anália Franco para as instituições da AFBI. Mas, ainda que a instituição contasse com a organização em diferentes níveis de ensino e fosse seu objetivo possibilitar que as meninas superassem o abandono que as levaram à internação, os dados demonstram que fatores internos e insuficiente contribuição financeira advinda de poucas subvenções do poder público e de doações particulares, representavam impedimentos à realização do trabalho pretendido