Determinantes da demanda nacional de produções cinematográficas locais: uma abordagem utilizando aprendizado de máquinas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Perez, Julia Taunay
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-15082023-092824/
Resumo: A compreensão dos determinantes da demanda de um bem ou serviço específico é parte essencial do ato de prever seu comportamento. A demanda no cinema é incerta, o que torna o exercício de projeção uma tarefa árdua na medida em que os modelos lineares de predição, como os que utilizam o método dos mínimos quadrados, mostram-se pouco aderentes às suas características. Se, por um lado, os formuladores de políticas públicas e tomadores de decisão ancoraram suas ações em frágeis alicerces, a disseminação de métodos mais robustos de análise, com aprendizagem computacional, mostra-se um fértil campo. Grande parte da literatura de modelos empíricos que buscam aplicar aprendizado de máquinas para predição de bilheteria foram desenvolvidos em nações em que a produção estrangeira não representa uma ameaça à indústria nacional. Particularidades do contexto brasileiro trazem desafios relevantes para adaptação das variáveis. Nesse sentido, a presente tese visa colaborar com a literatura apresentando um modelo de determinantes da demanda aplicável a indústrias cinematográficas que não são autossustentáveis e que sofram forte influência de mídias de maior popularidade, como a televisão. Após análise das políticas públicas voltadas para o cinema e uma breve cinematografia das produções de maior sucesso de bilheteria no período de análise, constatouse que o foco dos recursos públicos na etapa de produção, a profissionalização enfrentada por esse elo, o afluxo de profissionais entre os campos do cinema e da televisão e a consolidação da televisão como mídia hegemônica trouxeram a necessidade de adaptação de duas variáveis relevantes do modelo: o poder da produtora e poder do ator famoso. Por meio de novas métricas adaptadas ao contexto brasileiro e com poder explicativo, o modelo dos determinantes da demanda se mostrou robusto.