Revisão de crenças temporais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Paulo de Tarso Guerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/45/45134/tde-20230727-113451/
Resumo: Lógicas temporais são a base da área de verificação formal de sistemas. Em verificação formal, um sistema é descrito em uma linguagem formal e verificado frente um conjunto de propriedades desejadas, usualmente descritas por fórmulas de uma lógica modal. Apesar de técnicas de verificação formal poderem lidar com modelos complexos de sistema, ferramentas de verificação usualmente não auxiliam no processo de reparar uma especificação inconsistente. O objetivo intuitivo é remover tal inconsistência com mudanças mínimas na especificação original. Revisão de crenças trata do problema de como um agente racional deve adaptar suas crenças de modo a incorporar novas informações. Quando crenças e nova informação são inconsistentes, essa adaptação envolve desistência de crenças de modo que a consistência seja restaurada. A Teoria AGM de revisão de crenças propõe princípios básicos de racionalidade para esse processo, para que nessa adaptação de crenças o agente, por exemplo, não desista de crenças desnecessariamente. Trabalhos recentes em verificação formal desenvolvem abordagens que enriquecem métodos de verificação com princípios de mudanças de crenças, de modo a, por exemplo, modificar modelos de sistemas para que se tornem consistentes com uma dada propriedade temporal. Todavia, uma aplicação completa da teoria de revisão de crenças demanda a reformulação de diversos resultados clássicos para o formalismo de lógicas temporais. O problema ocorre porque lógicas temporais não satisfazem suposições clássicas, como o fato de serem lógicas compactas. Neste trabalho investigamos o uso de revisão de crenças sobre lógicas temporais, como objetivo criar fundamentações teóricas para a completa utilização desta teoria no reparo de especificações inconsistentes. Mostramos que o problema do reparo de especificação é dependente da perspectiva adotada pelo projetista sobre o significado desta especificação. Mostramos que fatores relativos a especificação de sistemas demandam duas abordagens distintas de revisão da especificação: uma abordagem baseada em conjuntos de fórmulas e outra baseada em modelos. A revisão de conjuntos de fórmulas temporais é uma abordagem semelhante as abordagens clássicas de revisão de crenças. Contudo, mostramos que no caso geral tal abordagem é incomputável para lógicas temporais. Propomos então restrições ao problema que possibilitam a formulação de operadores de revisão de crenças e mostramos que essas restrições ainda são aplicáveis a diversos problemas práticos de verificação formal. A abordagem de revisão de modelos é a adotada em diversos trabalhos recentes. Mostramos que operações desse tipo podem ser caracterizadas por postulados de racionalidade semelhantes aos propostos na Teoria AGM. Investigamos também revisão de modelos no contexto de especificações parciais, estabelecendo a caracterização de princípios de racionalidade para este cenário.