Avaliação do escore de aeração pulmonar pelo ultrassom point-ofcare como preditor de escalonamento de suporte respiratório em pacientes com desconforto respiratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Giorno, Eliana Paes de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-15052023-084623/
Resumo: Objetivo: Insuficiência respiratória é uma das principais causas de morte em crianças. O reconhecimento precoce de pacientes com maior risco de evolução desfavorável é crítico para o planejamento de recursos. O objetivo deste estudo é investigar se o escore de aeração pulmonar pelo ultrassom de pacientes pediátricos com desconforto ou insuficiência respiratória é preditivo de escalonamento de suporte respiratório. Métodos: Este estudo prospectivo incluiu pacientes de 0-18 anos com desconforto ou insuficiência respiratória admitidos entre julho de 2019 e setembro de 2021 em três departamentos de emergência pediátrica no estado de São Paulo, Brasil. Nos pacientes incluídos, um ultrassom pulmonar foi realizado em até duas horas da admissão por um médico emergencista e foi calculado um escore de aeração pulmonar já validado, que varia de 0-36 pontos, inversamente correlacionado com o grau de aeração pulmonar. O desfecho avaliado foi a necessidade de cânula nasal de alto fluxo, ventilação não invasiva ou ventilação mecânica nas 24 horas subsequentes à admissão no departamento de emergência. Resultados: Cento e três (103) pacientes com desconforto ou insuficiência respiratória foram incluídos. Os três diagnósticos finais mais frequentes foram: crise de sibilância (33%), bronquiolite (27%) e pneumonia (16%). Trinta e cinco (34%) pacientes necessitaram de escalonamento de suporte respiratório e a mediana do escore de aeração pulmonar pelo ultrassom foi significativamente mais elevada nesse grupo: 13 (0-34) versus 2 (0-21), p<0.0001; AUC 0.81 (IC95%: 0.71-0.90). O melhor ponto de corte obtido a partir do índice de Youden foi de 7.5 (sensibilidade 79.4%; especificidade: 71.4%). Um escore de aeração acima desse valor aumentou em, aproximadamente, dez vezes a chance de necessitar de escalonamento de suporte respiratório [RC: 9.64 (IC95%: 3.77-24.68); p<0.0001]. Para cada ponto adicional no escore, a chance do desfecho aumentou em 22% [RC: 1.22 (IC95%: 1.12-1.32; p<0.0001]. Escore de aeração pulmonar pelo ultrassom acima de 12 teve alta especificidade e razão de verossimilhança positivo de 8.7 (IC95%: 3.2-23.9). Conclusão: Valor elevado de escore de aeração pelo ultrassom pulmonar na avaliação inicial de crianças com desconforto ou insuficiência respiratória está associado à necessidade de escalonamento de suporte respiratório nas 24 horas subsequentes