Avaliação de metodologias de regionalização hidrológica para a Bacia Hidrográfica do Alto Rio Jaguari

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lélis, Luísa Carolina Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-22072019-151618/
Resumo: O gerenciamento de recursos hídricos se propõe a resolver os problemas resultantes do uso intensivo da água, produto do crescimento econômico e populacional, e preservar as funções hidrológicas, biológicas e químicas dos ecossistemas, assim como garantir que esse recurso se mantenha com oferta adequada. No Brasil, país cujas dimensões são continentais, o controle dos cursos de água frequentemente acaba não englobando todas as regiões de interesse de um estudo. Conhecida esta carência, a técnica conhecida como Regionalização Hidrológica aparece como uma opção para a obtenção de informações hidrológicas em regiões sem ou com poucos dados, fundamentando-se na similaridade espacial de algumas funções, variáveis e parâmetros que toleram essa transferência. Diante dos diversos modelos de regionalização desenvolvidos e da necessidade de obtenção das informações hidrológicas de forma facilitada, é fundamental o estudo comparativo de metodologias de regionalização de vazões com o objetivo de se conhecer a mais adequada às características regionais de cada bacia hidrográfica. Neste sentido, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar as estimativas da vazão de referência Q7,10 e também das vazões mínimas de permanência na bacia do Rio Jaguari (divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo e importante afluente do Sistema Cantareira) obtidas por diferentes técnicas de regionalização, quais sejam, os métodos propostos por Liazi et al. (1988) e Wolff et al. (2014) para o Estado de São Paulo e o IGAM (2012) para o Estado de Minas Gerais. O estudo foi realizado na Bacia Hidrográfica do Rio Jaguari, a qual localiza-se entre os estados supracitados. A partir dos dados históricos de vazão das estações presentes nesta Bacia Hidrográfica foram calculadas a Qmed, Q90, Q95 e Q7,10 referente a cada uma das cinco estações fluviométricas estudadas. Em seguida, estas mesmas variáveis foram estimadas utilizando as metodologias de regionalização propostas por Liazi et al. (1988), Wolff et al. (2014) e IGAM (2012). A fim de se definir qual o método de regionalização hidrológica mais adequado para a região do alto do Rio Jaguari, os resultados das vazões calculadas por intermédio das séries históricas colhidas por estações fluviométricas foram comparadas com as estimadas pelos modelos suprecitados mediante análise de índices estatísticos, tais como, índice de concordância (d), teste de eficiência de Nash-Sutcliffe (NSE), viés percentual (PBIAS), razão entre o erro médio quadrático e o desvio padrão dos dados observados (RSR) e o coeficiente de determinação (R2). O modelo de Liazi et al. (1988) apresentou ajuste, classificado pelo índice de concordância (d), teste de eficiência de Nash-Sutcliffe (NSE) e o coeficiente de determinação (R2), como muito bom, mostrando-se superior aos demais métodos nessa região. A metodologia de IGAM (2012) demonstrou ajuste insatisfatório para os indicadores estatísticos NSE, PBIAS e índice d e muito bom para o coeficiente de determinação (R2). A nova proposta de Regionalização Hidrológica para o estado de São Paulo de Wolff et al. (2014) apresentou ajuste, classificado pelos índices de concordância (d), teste de eficiência de Nash-Sutcliffe (NSE), viés percentual (PBIAS) e coeficiente de determinação (R2), como, no geral, insatisfatório; por outro lado o comportamento gráfico dos resultados obtidos demonstrou potencialidade para o uso desse método. Recomenda-se a aplicação de estudos comparativos semelhantes em outras Sub- Bacias localizadas entre os estados de Minas Gerais e São Paulo para corroborar ou não com as conclusões do presente trabalho.