"Parto humanizado na percepção dos profissionais de saúde envolvidos com a assistência ao parto"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Bussadori, Jamile Claro de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24112005-095822/
Resumo: Considerando que o ato fisiológico de parir e nascer passou a ser visto como patológico, onde se privilegia a assistência medicalizada e despersonalizada, o presente estudo através de uma abordagem qualitativa, teve como objetivo evidenciar, através dos discursos das enfermeiras e médicos obstetras, as ações desenvolvidas no processo de nascimento, com vistas à humanização da assistência; e identificar fatores que têm dificultado a implementação dessa assistência. Foram sujeitos deste estudo 25 profissionais de saúde da Maternidade do Complexo Aeroporto-MATER, localizada em Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo, distribuídos da seguinte forma: sete (7) enfermeiras residentes do primeiro ano de enfermagem obstétrica, quatro (4) enfermeiras residentes do segundo ano de enfermagem obstétrica, quatro (4) enfermeiras contratadas; dois (2) residentes de medicina do primeiro ano de ginecologia e obstetrícia; três (3) residentes de medicina do segundo ano de ginecologia e obstetrícia e cinco (5) médicos obstetras contratados. A organização dos dados constou da transcrição dos discursos microgravados nas entrevistas e tabulação, seguindo a proposta do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados demonstraram que as enfermeiras entendem que o processo de humanização se deu como uma estratégia política que objetiva a melhoria da assistência, e o resgate do parto mais natural possível, desmedicalizando a assistência. Acreditam que para existir há necessidade de uma mudança de paradigma. Consideram ainda, que na implementação deste modelo, sentem-se impedidas/barradas pelos médicos. No entanto os médicos referiram como responsável ao processo da humanização a política governamental para dimuição de gastos, julgando como parto humanizado aquele em se permite a presença do acompanhante e analgesia precoce. Em relação às barreiras apontaram a infra-estrutura física e pessoal. Os achados mostraram diversidades nos conceitos e que as enfermeiras apresentam-se mais integradas ao parto humanizado como um processo e não como um evento.