Pessoas com deficiências: condições de convivência e possibilidade de atenção domiciliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ferreira, Taísa Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-02022010-125714/
Resumo: INTRODUÇÃO Para a pessoa com deficiência nem sempre o restabelecimento funcional significa aquisição de habilidades para que se possa viver de maneira a exercer sua cidadania. Este estudo tem como objetivo compreender de que maneira a aquisição da deficiência física altera as relações de convivência estabelecidas pelas pessoas e busca apresentar a atenção domiciliar como proposta de cuidado que pode lidar com as necessidades advindas dessa alteração. PROCEDIMENTOS: Pesquisa qualitativa realizada a partir de histórias de vida de adultos. Realizou-se de 1 a 3 encontros dependendo da quantidade de informações disponibilizadas. Foram acompanhados 1 homem e 3 mulheres com deficiências físicas com idades entre 30 e 77 anos. A escolha da amostra procurou representar as pessoas com deficiência física cadastradas na Unidade Básica do Jardim Boa Vista e que não realizavam acompanhamento terapêutico ocupacional. Também foram considerados idade, deficiência e seqüelas. A análise dos dados foi baseada na teoria de rede social significativa de Sluzki. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através das narrativas constatou-se diminuição das relações de convivência percebidas nas redes sociais compostas pela família, amigos, relações de trabalho e de práticas sociais/comunitárias atribuídas principalmente à redução de oportunidades de circulação social. Constatou-se diminuição das atividades de lazer, de itinerários de circulação social e o surgimento de novos como a inserção em serviços de saúde e reabilitação. Devido à redução das relações de convivência e da dificuldade de equipamentos de saúde e familiares em se promover iniciativas de ativação da rede social, o terapeuta ocupacional pode utilizar a atenção domiciliar como estratégia de atuação, pois oferece meios para obter aproximação da realidade da pessoa com deficiência. Esta compreensão pode auxiliar na construção de propostas tanto para conhecer como para ativar a rede social de pessoas com deficiências físicas. CONCLUSÃO: A manutenção e ampliação das relações de convivência a partir do acompanhamento domiciliar em atenção comunitária de pessoas com deficiências físicas pode ser um caminho para ampliação da participação social.