Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Emília Zoppas de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-16072024-143838/
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Resumo: |
As formigas da tribo Attini destacam-se por serem cultivadoras de fungos. Esta tribo é composta por 16 gêneros viventes e um icnofóssil. O gênero Cyphomyrmex é formado por formigas pequenas, com tegumento opaco, que habitam a serapilheira e constroem ninhos no solo, entre pequenas raízes, ocos de árvores ou em troncos em decomposição. Ocorrem na região Neotropical e Neártica. O gênero Cyphomyrmex foi descrito por Mayr em 1862 com base em uma única espécie Cyphomyrmex minutus, sendo mais tarde dividido por Kempf em dois grupos de espécies: Strigatus e Rimosus. O presente estudo apresenta uma revisão das espécies do grupo Rimosus de Cyphomyrmex e a primeira tentativa de se analisar as relações filogenéticas internas das espécies deste grupo com base em caracteres de morfologia externa das operárias. O estudo comparativo da morfologia externa dos 43 terminais utilizados na análise filogenética resultou em uma matriz com 56 caracteres, das quais resultaram 38 hipóteses igualmente parcimoniosas, com 281 passos cada. Análises utilizando-se pesagem implícita também foram realizadas com diferentes valores de concavidade. Nesta última opção apenas uma árvore foi gerada utilizando-se valor de concavidade (K=3) com ajuste total (fit) igual a 20,90; nos demais valores de concavidade empregados (K=5; K =7 e K =10) foram geradas três árvores com ajuste total (fit) de 18,86; 15,66 e 12,54 respectivamente. A análise filogenética demonstra a monofilia do grupo Rimosus, excluindo algumas espécies de Cyphomyrmex (C. costatus, C. longiscapus, C. muelleri e C. wheeleri). Por não estar clara a relação destas quatro espécies excluídas do grupo Rimosus com o grupo Strigatus e os demais gêneros de Attini optou-se por considerá-las como incertae sedis no gênero para que futuras análises detalhem seu posicionamento, e assim embasar uma decisão taxonômica. O grupo Rimosus é sustentado por cinco sinapomorfias: 1) cultivo de fungo em forma de levedura, 2) carena vertexal divergente em direção à carena frontal; 3) carena pré-ocular curvada medianamente abaixo do olho; 4) escrobo antenal incompleto e 5) forte estreitamento da carena frontal. Dois complexos de espécies são reconhecidos no grupo Rimosus: complexo minutus e complexo rimosus. Ambos necessitam de mais estudo antes de se tomar decisões taxonômicas devido à ampla distribuição destas espécies, amplitude das variações intraespecíficas e problemas nomenclaturais. Doze novas espécies do grupo Rimosus são descritas, destas, seis com gines associadas e uma com macho. Também são descritos pela primeira vez o macho de C. cornutus e a gine de C. laevigatus elevando para 31 o número de espécies e dois fósseis válidos para o grupo Rimosus de Cyphomyrmex. |