Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Fábio Ramon Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-22032018-165828/
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Resumo: |
A associação de diferentes seres vivos favoreceu a exploração de novos hábitats e outras fontes de alimento, contribuindo nos processos de adaptação e de diversificação biológica. Essa associação, em que duas espécies passam a viver juntas, é denominada simbiose, e as associações de simbiose podem resultar em relações benéficas (mutualismo), neutras (comensalismo) ou prejudiciais (parasitismo) aos organismos envolvidos. Insetos estabelecem associações de simbiose diversas com outros organismos, como leveduras, vírus, protistas e bactérias. Dentre esses organismos, as bactérias são as mais comumente associadas a insetos. Elas podem se localizar no interior do corpo do hospedeiro, tanto no espaço extracelular ou endocelular (endossimbionte), assim como associadas externamente ao corpo do hospedeiro (ectossimbionte). Endossimbiontes são os que mais diretamente influenciam a fisiologia e o metabolismo do hospedeiro, tornando-se, em alguns casos, essenciais à sobrevivência de seu hospedeiro. Exemplo disso são as bactérias endossimbiontes associadas a pulgões, Buchnera aphidicola, que são responsáveis pela síntese de aminoácidos essenciais e vitaminas para complementar os recursos nutricionais explorados pelos pulgões, seiva de plantas, que normalmente apresentam baixo valor nutricional. Mas vários outros simbiontes, mesmo que não estabelecendo essa obrigatoriedade na relação com o hospedeiro, acabam influenciando inúmeros aspectos da bioecologia de seus pulgões hospedeiros, como, por exemplo, a capacidade de defesa de seus hospedeiros a inimigos naturais. Spiroplasma são bactérias que influenciam o sistema de reprodução de borboletas, moscas-das-frutas, joaninhas e pulgões, além de influenciar a resposta de seus hospedeiros ao ataque de inimigos naturais, como parasitoides e nematoides. Porém, pouco se sabe sobre os efeitos desse simbionte no metabolismo de seus hospedeiros. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de infecções por Spiroplasma no metaboloma de seu hospedeiro Aphis citricidus (Kirkaldy) (Hemiptera: Aphididae). As análises foram conduzidas utilizando-se de isolinhagens irmãs de A. citricidus, infectadas ou não por Spiroplasma. Fêmeas adultas de A. citricidus, infectadas ou não por Spiroplasma, foram coletadas (25 mg/amostra), submetidas aos processos de extração com solução de clorofórmio, metanol e água (1:3:1) e derivatização com n-metil-n-(trimetilsilil)trifluoroacetamida e trimetilclorosilano, para posterior análise por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (GCMS-TOF) para a detectação de metabólitos. Após tratamento e análise dos dados obtidos, foi observado que 40 metabólitos foram afetados significativamente em pulgões infectados por Spiroplasma. Dentre os metabólitos de A. citricidus alterados pela infecção por Spiroplasma, merecem destaque os hidrocarbonetos cuticulares, compostos nitrogenados e ácidos graxos. Os efeitos metabólicos da interação Aphis citricidus - Spiroplasma revelou informações importantes sobre a influência do endossimbionte na composição química de seus hospedeiros. |