Perfusão miocárdica e reserva de fluxo fracionada por tomografia computadorizada e cintilografia em pacientes com isquemia pelo teste ergométrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Beraldo, Sérgio Rodrigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-19012023-124257/
Resumo: Introdução: O teste ergométrico com alterações eletrocardiográficas compatíveis com isquemia miocárdica pode levar a outros exames complementares, frequentemente, à cintilografia de perfusão do miocárdio (CPM). Objetivos: Avaliar o desempenho diagnóstico da tomografia computadorizada de perfusão miocárdica (PMTC) e da reserva fracionada de fluxo derivada de tomografia computadorizada por machine learning (cFFR) em comparação à CPM em uma população de pacientes com isquemia induzida em testes ergométricos (TE), tendo a tomografia computadorizada de artérias coronárias (ACTC) como o método de referência. Métodos: Neste estudo de coorte prospectivo, 60 pacientes (58.4 ± 9.2 anos) foram submetidos à avaliação clínica e a dois protocolos de imagem: CPM e ACTC com PMTC durante o estresse com dipiridamol. Resultados: A PMTC apresentou acurácia diagnóstica significativamente superior à CPM, na análise por paciente e por território (AUC= 0,76 vs. 0,60 e 0,72 vs. 0,62, respectivamente, com p=0,04 para ambos). O menor valor encontrado de cFFR e a estenose quantitativa baseada na área luminal mínima (ALM) que apresentaram maior acurácia diagnóstica que métodos perfusionais (AUC= 0,86 e 0,90). Na análise por paciente, o escore de cálcio (EC) teve acurácia de 0,87 para detecção de doença arterial coronária (DAC) obstrutiva. A PMTC, cFFR, ALM, EC e ACTC foram mais fortes preditores de revascularização que a CPM (AUC = 0,79, 0,81, 0,85, 0,87 e 0,94, vs. 0,60, respectivamente). Conclusões: PMTC isoladamente teve maior acurácia que a CPM em pacientes com TE positivo e probabilidade baixa ou intermediária de DAC obstrutiva. A cFFR e a EC derivadas da tomografia computadorizada também apresentaram alta a acurácia diagnóstica. Estes resultados sugerem que o uso de PMTC, cFFR ou EC na prática clínica podem ser considerados, como alternativa adequada à CPM nesta população com teste ergométrico positivo e probabilidade intermediária para a doença arterial coronariana