O sistema de plantation em tempos de revolução abolicionista: Saint-Domingue, 1790-1803

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Isabela Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-08032023-103923/
Resumo: Esta dissertação examina a transformação do sistema de plantation na colônia francesa de Saint-Domingue no período conhecido como a Revolução Haitiana (1790-1803). Defendemos que o evento estava centrado no embate entre duas visões contrastantes de liberdade, uma desenvolvida pelas lideranças revolucionárias francesas e negras, e a outra pela massa de ex-escravos. Essas concepções, por sua vez, carregaram distintos projetos de organização fundiária e trabalho, centrados nas plantations e nas pequenas propriedades de subsistência. Os conflitos entre as autoridades pela manutenção dos latifúndios monocultores contra os escravizados em busca das propriedades camponesas moldaram a forma como ocorreu a transformação do sistema de plantation durante os anos da Revolução. Essas mudanças, no entanto, tiveram configurações diferentes em cada departamento de Saint-Domingue. Par analisar essa conjuntura, utilizamos os censos dominiais e urbanos da colônia, produzidos entre 1795 e 1803, e os arquivos notariais da província Oeste de 1790 a 1803. A partir dessa investigação, é possível melhor compreender a passagem do antigo complexo produtivo escravista para as posses camponesas que predominam no Haiti desde o século XIX.