Fatores que influenciam as atitudes e práticas de enfermeiros em relação a inclusão da família no cuidado de enfermagem em saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nobokuni, Aila Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-22032022-150804/
Resumo: Desde a reforma psiquiátrica a família é parte fundamental para o tratamento em saúde mental, assim é necessário que os serviços de saúde e principalmente os profissionais estejam preparados para incluir as famílias dos pacientes na sua prática de enfermagem. Muitos fatores contribuem para o trabalho com as famílias, a crença que o profissional tem sobre a importância da mesma, a cultura organizacional e a própria família por isso é importante conhecer quais são os fatores que influenciam no trabalho com as famílias em saúde mental. O objetivo desse trabalho foi conhecer a atitudes e prática de enfermeiros brasileiros em relação às famílias de portadores de transtornos mentais e verificar se existe relação com as variáveis sociodemográficas e educacionais dos enfermeiros no trabalho com as famílias. Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal e correlacional com enfermeiros brasileiros, a amostra é do tipo não probabilística, os instrumentos foram a \"Escala de Prática da Enfermagem Familiar\" (FNPS) e a escala \"A Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem - Atitudes dos Enfermeiros\" (IFCE-AE) além de um questionário sócio demográfico e de formação. A coleta de dados foi realizada em grupos de enfermagm na rede social Facebook. A análise dos dados se deu por meio de uma análise descritiva dos dados, após isso utilizamos o teste de Mann-Whitney, Kruskall Wallis e a Correlação de Spearman, para correlacionar os instrumentos com as variáveis sócios demográficos e de formação, em todas as análises foi utilizado o programa R com o nível de significância adotado de 5% (α = 0.05). Participaram do estudo 70 enfermeiros, sendo a maioria mulheres, com média de idade de 35 anos e solteiras. Após os testes obtivemos uma correlação entre ser professor de enfermagem e a sub escala fardo da IFCE-AE e ter filhos também com a sub escala IFCE-AE, a análise também nos mostrou que enfermeiros que falam raramente com as famílias tem uma percepção diferenciada das famílias quando comparamos aos que falam com mais frequência, além disso enfermeiros que tem mais tempo de atuação tiveram resultados mais positivos em relação as famílias. Os resultados desse trabalho vão de encontro a outros trabalhos publicados em outros cenários, se faz necessário a realização de uma formação em famílias desde o ensino de graduação pautado no grupo e não nos modelos individuais, que valorize e reconhece a família como objeto de cuidado, também é necessário que os profissionais sejam estimulados a mudar sua prática em pró das famílias.