Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Milena Barcza Stockler |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-24012017-115520/
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Resumo: |
Pacientes em hemodiálise (HD) estão sob estresse oxidativo, o que leva à formação de espécies reativas de oxigênio (EROs). Toxinas urêmicas, a própria hemodiálise e o comprometimento do sistema antioxidante induzem a formação de EROs. Dentre os antioxidantes está o Selênio (Se), mineral que a literatura já relata deficiência em pacientes em HD. Considerando a importância da atividade antioxidante nestes pacientes com doença renal crônica (DRC) em HD, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação com castanha-do-brasil nos níveis de Se e na atividade da glutationa peroxidase (GSH-Px) em pacientes nestas condições. Foram estudados 81 pacientes em HD (52,0 ± 15,2 anos, tempo média de HD de 82,3 ± 91,4 meses e IMC de 24,4 ± 4,4 kg/(m)2) das clínicas RenalCor e RenalVida do Rio de Janeiro. Os pacientes receberam uma castanha (≈ 5g), cerca 290µg Se, por dia, durante três meses. A concentração de Se foi determinada por espectrometria de absorção atômica com geração de hidretos (HITACHI®, Z-500). A atividade da enzima GSH-Px foi medida usando kit comercial RANDOX®. Os níveis de Se no plasma (18,8 ± 17,4 µg/L) e no eritrócito (72,4 ± 37,4 µg/L) antes da suplementação estavam abaixo da faixa da normalidade (60-120 µg/L no plasma e de 90-190 µg/L no eritrócito) e após a suplementação os níveis plasmáticos e eritrocitários aumentaram para 104,0 ± 65,0 µg/L e 244,1 ± 119,5 µg/L (p< 0,0001), respectivamente. A atividade de GSH-Px também aumentou após a suplementação passando de 46,4 ± 14,9 U/gHb para 55,9 ± 23,6 U/gHb (p< 0,0001). Antes da suplementação 11% dos pacientes apresentaram atividade da GSH-Px abaixo da normalidade (27,5 - 73,6 U/gHb) e, após a suplementação todos pacientes apresentaram atividade da GSH-Px normal. Os resultados mostraram que os pacientes estudados apresentaram Se plasmático e eritrocitário abaixo dos valores normais e o consumo de apenas uma castanha-do-brasil por dia (5g) foi eficaz no aumento da concentração de Se e na atividade da GSH-Px nos pacientes em HD; além disto, ela pode contribuir para a melhora da condição de estresse oxidativo desses pacientes. |