Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Carrieri, Maria Luiza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-10022021-232536/
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Resumo: |
A raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus da raiva, contido na saliva de animais infectados, através de mordedura. O diagnóstico laboratorial é de fundamental importância para a confirmação de um caso suspeito e, também, para determinar a conduta médica, em relação à necessidade ou não do tratamento anti-rábico humano. As provas diagnósticas devem apresentar elevada sensibilidade e especificidade, bem como rapidez na obtenção dos resultados. A raiva dos herbívoros, transmitida principalmente pelo morcego hematófago Desmodus rotundus, tem apresentado um aumento gradativo no Estado de São Paulo, em particular em eqüídeos, sendo que o diagnóstico clínico apresenta muitas dificuldades, fazendo com que seja imprescindível a remessa de amostras de sistema nervoso central (SNC) para o laboratório. Os testes clássicos de diagnóstico da raiva, quando a amostra a ser processada é de origem eqüina, não apresentam a mesma sensibilidade, quando comparadas com amostras de outras espécies. A Norma de Tratamento Anti-Rábico Humano do Estado de São Paulo recomenda que todas as pessoas que tiverem contato com eqüídeos, que vierem a óbito com suspeita de encefalite, sejam submetidas ao tratamento pós-exposição. Este trabalho objetiva, a partir de testes laboratoriais (imunofluorescência direta e isolamento viral) com diferentes fragmentos do SNC de eqüídeos - córtex (CX), como de Amon (CA), cerebelo (CB), tronco encefálico (TE) e medula cervical (MD) - identificar o fragmento para o qual as duas técnicas apresentam maior sensibilidade, e correlacionar a intensidade da fluorescência nos diferentes fragmentos com o isolamento de vírus em glândulas salivares e, também, verificar se as condições de vacinação ou não, e óbito natural ou eutanásia, interferem no diagnóstico laboratorial, utilizando os diferentes fragmentos. A análise dos fragmentos de cinco regiões do SNC de 35 animais, pela técnica de IFD, demonstrou que houve associação entre a concentração de antígenos virais e o tipo de fragmento, sendo que o TE e MD apresentaram maiores concentrações virais do que CA, CX e CB. As condições de vacinação ou não, e o óbito natural ou eutanásia, não interferiram no diagnóstico laboratorial. A proporção de camundongos mortos inoculados com suspensões preparadas com os diferentes fragmentos não apresentou diferença significativa, mas demonstrou tendência para maior número de mortos, com os fragmentos de TE e MD. A condição de vacinados e não vacinados, e óbito natural e eutanásia, não interferiram na mortalidade de camundongos, ressaltando que a eutanásia, quando praticada, foi na fase de paralisia. O isolamento do vírus rábico em glândulas salivares de eqüídeos demonstrou o risco potencial que a doença, nestes animais, representa para humanos e a necessidade do encaminhamento de TE e MD para o diagnóstico laboratorial da raiva nesta espécie. Recomenda-se que os Programas de Controle da Raiva de Herbívoros intensifiquem as ações educativas, para que haja uma maior cobertura vacinal em eqüídeos, visando a prevenção da raiva humana. |