A estratégia das empresas que atuam na base da pirâmide estendida - BOP-E: um estudo da eficiência financeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Passos, Carlos Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-27072018-151857/
Resumo: Para atuar nos mercados da Base da Pirâmide - BOP (Bottom of Pyramid) estratégias customizadas são requeridas dadas as especificidades do consumidor alvo, em que não apenas a restrição à renda se configura, mas também, o acesso ao produto e as necessidades de especificações relacionadas ao seu uso e local. Assim, as organizações precisam atuar com produtos de baixos preços e crédito, devido à restrição de renda do consumidor, obrigatoriamente trabalhando com eficiência, baixos custos de produção, maiores volumes de produção e investimentos em canais de distribuição. As principais publicações não chegaram a um acordo sobre se a atuação na BOP é produtiva ou ilusória, em que se pesem os vários estudos de caso e os vários estudos específicos de estratégias para a BOP. Recentes estudos sobre eficiência indicaram não haver diferença entre elas no mercado, no entanto, importantes autores a veem, mesmo que com grandes vieses. Até mesmo a caracterização da BOP no Brasil foi colocada em discussão. Esta pesquisa utilizou abordagem quantitativa e qualitativa na análise dos dados feitas através de survey eletrônica e questionário, que foram trabalhados por meio de metodologia multicritério e utilizando como base conceitual a Teoria dos Grupos Estratégicos. Assim, o estudo apresenta quais diferenças existem entre as eficiências financeiras das indústrias que atuam ou não na BOP e apresenta um modelo de dimensões estratégicas que estão mais associadas à alta eficiência financeira dos Grupos Estratégicos (GEs) das indústrias de móveis, de confecções, de alimentos, de bebidas, de higiene que ofertam produtos para a BOP estendida, renomeada dessa maneira por incluir a classe C no estudo, diferentemente ao conceito inicial da BOP. Adjacentes a esse objetivo principal, esta tese avaliou a correlação de eficiências com as principais variáveis econômicas e identificou quais dimensões estratégicas estão associadas aos mercados BOP-e, Não-BOP e Misto, dos GEs. A expectativa é de que a pesquisa possa ser mais um dos poucos estudos significativos que inter-relacionam estratégia e eficiência financeira no país, portanto, busca avançar no campo teórico das estratégias relacionadas à BOP, bem como, apresentar dados empíricos sobre Grupos Estratégicos e BOP, contribuindo gerencialmente com a exposição das dimensões estratégicas e estrutura financeira dos GEs que apresentam melhor eficiência financeira dentro da BOP-e, de forma a serem ponderadas pelos executivos em suas tomadas de decisões.